ATS Brasil relata à CVM concorrência de Bolsas no país
No texto enviado à CVM, a companhia prega uma integração conceitual, em caso de mudanças na regulação em um mercado com diferentes plataformas de negociação
Da Redação
Publicado em 23 de setembro de 2013 às 16h49.
Rio - Única candidata oficial a concorrer com a BM&FBovespa até agora, a ATS Brasil - sociedade entre ATG e Nyse Euronext - enviou à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) respostas para uma consulta feita pelo regulador sobre a potencial concorrência entre Bolsas de Valores no país.
Na introdução ao documento, a ATS faz uma crítica ao modelo adotado no Brasil, considerando que houve uma inversão do processo de adoção de sistemas de negociação eletrônica de valores mobiliários ("eletronificação"), com a criação de documentos desvinculados de conceitos. Para a companhia, "a evolução do mercado brasileiro foi catalisada e justificada pelo objetivo de se permitir a desmutualização das Bolsas (BM&F e Bovespa), tornando-as empresas com fins lucrativos, de capital aberto e com acionistas".
A adoção de sistemas eletrônicos era apenas um meio para buscar mais investidores e liquidez no plano de negócios da desmutualização, que no exterior teria sido uma consequência da evolução tecnológica. "A desmutualização e concorrência entre Bolsas não é um fim em si mesmo", aponta a ATS.
No texto enviado à CVM, a companhia prega uma integração conceitual, em caso de mudanças na regulação em um mercado com diferentes plataformas de negociação: "as escolhas do modelo de autorregulação não podem ser desconectadas da filosofia de melhor execução, do modelo de regulamentação da competição (o que difere de concorrência), da forma de tratamento e venda de dados ou cotações, e das regulamentações que derivam das opções escolhidas, e por nós aqui sugeridas, sempre sob a égide de buscar o crescimento real e efetivo do mercado brasileiro".
"Nosso objetivo é contribuir com o movimento necessário e fundamental de reposicionar o mercado brasileiro ao mesmo nível de sua economia, devolvendo assim a robustez econômica para o sistema, sem criar fissuras que possam colocá-lo em um risco não aceitável ou produzir uma estrutura inferior à que, hoje, possuímos", diz a ATS Brasil.
Segundo a empresa, o documento de 117 páginas entregue à CVM foi elaborado a partir de discussões com a indústria local e internacional, e por um grupo técnico formado por membros da NYSE Euronext, de regulação e desenvolvimento de mercado, da NYSE Technologies, da ATG, da ATS Brasil, dos escritórios Motta, Fernandes Rocha Advogados, e Perlman Vidigal Godoy Advogados e a empresa de pesquisa internacional Tabb Group, uma das responsáveis pelos principais estudos de mercado realizados para empresa e reguladores no mundo.
"Não queremos que tudo mude, mas é impossível permanecer como está", diz a ATS ao fim do documento. A ATS Brasil entrou em junho com o pedido de autorização na CVM para lançar uma nova Bolsa no Brasil.
Dentro do debate sobre a concorrência, a CVM fez em junho uma consulta ao mercado em que pede respostas sobre temas como: melhor execução no interesse dos clientes (best execution); consolidação dos dados de pré-negociação e pós-negociação; e ainda supervisão, autorregulação e normatização. Para cada ponto foram apresentados questionamentos na tentativa de obter reflexões, dados, informações e estudos feitos por participantes do mercado.
Rio - Única candidata oficial a concorrer com a BM&FBovespa até agora, a ATS Brasil - sociedade entre ATG e Nyse Euronext - enviou à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) respostas para uma consulta feita pelo regulador sobre a potencial concorrência entre Bolsas de Valores no país.
Na introdução ao documento, a ATS faz uma crítica ao modelo adotado no Brasil, considerando que houve uma inversão do processo de adoção de sistemas de negociação eletrônica de valores mobiliários ("eletronificação"), com a criação de documentos desvinculados de conceitos. Para a companhia, "a evolução do mercado brasileiro foi catalisada e justificada pelo objetivo de se permitir a desmutualização das Bolsas (BM&F e Bovespa), tornando-as empresas com fins lucrativos, de capital aberto e com acionistas".
A adoção de sistemas eletrônicos era apenas um meio para buscar mais investidores e liquidez no plano de negócios da desmutualização, que no exterior teria sido uma consequência da evolução tecnológica. "A desmutualização e concorrência entre Bolsas não é um fim em si mesmo", aponta a ATS.
No texto enviado à CVM, a companhia prega uma integração conceitual, em caso de mudanças na regulação em um mercado com diferentes plataformas de negociação: "as escolhas do modelo de autorregulação não podem ser desconectadas da filosofia de melhor execução, do modelo de regulamentação da competição (o que difere de concorrência), da forma de tratamento e venda de dados ou cotações, e das regulamentações que derivam das opções escolhidas, e por nós aqui sugeridas, sempre sob a égide de buscar o crescimento real e efetivo do mercado brasileiro".
"Nosso objetivo é contribuir com o movimento necessário e fundamental de reposicionar o mercado brasileiro ao mesmo nível de sua economia, devolvendo assim a robustez econômica para o sistema, sem criar fissuras que possam colocá-lo em um risco não aceitável ou produzir uma estrutura inferior à que, hoje, possuímos", diz a ATS Brasil.
Segundo a empresa, o documento de 117 páginas entregue à CVM foi elaborado a partir de discussões com a indústria local e internacional, e por um grupo técnico formado por membros da NYSE Euronext, de regulação e desenvolvimento de mercado, da NYSE Technologies, da ATG, da ATS Brasil, dos escritórios Motta, Fernandes Rocha Advogados, e Perlman Vidigal Godoy Advogados e a empresa de pesquisa internacional Tabb Group, uma das responsáveis pelos principais estudos de mercado realizados para empresa e reguladores no mundo.
"Não queremos que tudo mude, mas é impossível permanecer como está", diz a ATS ao fim do documento. A ATS Brasil entrou em junho com o pedido de autorização na CVM para lançar uma nova Bolsa no Brasil.
Dentro do debate sobre a concorrência, a CVM fez em junho uma consulta ao mercado em que pede respostas sobre temas como: melhor execução no interesse dos clientes (best execution); consolidação dos dados de pré-negociação e pós-negociação; e ainda supervisão, autorregulação e normatização. Para cada ponto foram apresentados questionamentos na tentativa de obter reflexões, dados, informações e estudos feitos por participantes do mercado.