Ativa reforça visão positiva com as ações da ALL
Cenário é positivo para os próximos anos, em função da expectativa de manutenção do crescimento do volume movimentado, diz analista
Da Redação
Publicado em 20 de julho de 2011 às 12h32.
São Paulo – A Ativa Corretora reiniciou a cobertura das ações ordinárias da América Latina Logística ( ALLL3 ) com recomendação de compra. O preço-alvo fixado por ação é de 18,40 reais, o que representa um potencial de valorização de 49,5%.
“Definimos nossa tese de investimento com base na expectativa de manutenção do crescimento do volume de produtos agrícolas e industriais transportados pela companhia, bem como a possibilidade de expansão dos novos projetos”, avalia o analista Artur Delorme.
O relatório destaca que a ALL negocia em 7,6 vezes seu múltiplo EV/EBITDA (valor da empresa/geração operacional de caixa), um desconto de 5,8% da média internacional. Em 2011, os papéis da empresa registram desvalorização de 18%, enquanto o desempenho dos últimos 12 meses mostra uma queda de 36%.
“Apesar dos riscos regulatórios atrelados ao setor, que poderão gerar volatilidade no curto prazo, o desconto na avaliação por múltiplos aliado ao relevante potencial de valorização dos papéis ratificam nosso otimismo”, explica Delorme.
O analista acredita que o cenário para ALL é positivo para os próximos anos, em função da expectativa de manutenção do crescimento do volume movimentado pelo modal ferroviário.
Vale lembrar que a fusão entre a ALL e a Standard Logística, aprovada ontem pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), não foi considerada.
A avaliação leva em consideração apenas os ganhos de participação de mercado na malha atual, bem como ganhos de produtividade e a maturação dos novos projetos.
“Para 2011 a expectativa é de aumento de 8,7% no volume movimentado, atrelado à expansão da safra agrícola, aliado ao aquecimento da atividade econômica, ainda que desacelerando frente a 2010”, projeta Delorme.
Para a receita líquida, é esperado um crescimento anual de 18%, atingindo 6,3 bilhões de reais em 2015, em função da maturação dos projetos como Rumo, Brado e Ritmo.
A análise explica que os ganhos de escala geram uma maior diluição dos custos e despesas fixas, parcialmente compensadas pelo aumento da participação dos novos projetos, que possuem menor rentabilidade. “Isto nos leva a estimar margem EBITDA praticamente estável, oscilando próximo ao patamar de 50% no médio prazo”, estima a Ativa.
No caminho das sinergias
Brado
O Cade aprovou nesta semana, sem restrições, a fusão da ALL e Standard Logística, que juntas, formam a Brado Logística. A Brado se destaca como a maior operadora logística do país. A companhia atua nos mercados externo, interno e importação.
Em cinco anos, a Brado fará investimentos que somam 1 bilhão de reais e espera ampliar em até 15% suas operações de contêineres. Desde a criação da companhia, foram investidos cerca de 45 milhões de reais em ampliação de unidades e aquisições de equipamentos.
Rumo
A Rumo, empresa de logística do grupo Cosan (CSAN3), fechou uma parceira com a ALL em 2009. Segundo o acordo, a Rumo é responsável pelos investimentos na ampliação e melhoria da via permanente, em pátios do corredor Bauru-Santos, aquisição de locomotivas e vagões, além da construção e ampliação do terminal do Porto de Santos.
Por outro lado, a ALL presta serviços de transporte garantindo tarifa competitiva em relação ao modal rodoviário, gestão das obras e indicação dos fornecedores de vagões e locomotivas, pagamento de aluguel dos equipamentos em valor proporcional ao transporte efetivo dos produtos, conforme lembra o relatório da Ativa.
Espera-se que o volume transportado aumente do atual patamar de 2 milhões de toneladas por ano, para 9 milhões a partir de 2013, a partir da consolidação de 70 pontos de carregamento de açúcar.
Ritmo
Os negócios rodoviários da ALL e da Ouro Verde foram fundidos no dia 1º de julho deste ano em uma nova empresa de logística rodoviária, a Ritmo Logística. A empresa nasceu com um faturamento de cerca de 300 milhões de reais, 700 equipamentos e 700 funcionários, aproximadamente.
O negócio começa sem dívidas e sem necessidade de aporte de capital dos sócios, segundo Paulo Basílio, presidente da ALL. A ALL e a Ouro Verde transferiram apenas os ativos rodoviários de cada uma das empresas, sem as dívidas. A ALL terá 65% da empresa e a Ouro Verde, 35%.
“As duas empresas tinham essas divisões (rodoviárias) internamente, e a nova empresa tem só essa finalidade”, disse Marcelo Mokayad, presidente da Ritmo Logística. O negócio rodoviário concentra 3% da receita da ALL. Na Ouro Verde, o transporte rodoviário representava 20% da receita e 6% do resultado.
Números no retrovisor
No primeiro trimestre de 2011, a ALL registrou um lucro líquido de 515 mil reais, uma queda de 98,5% ante os 35 milhões de reais verificados no mesmo período de 2010.
O Ebitda ficou em 301 milhões de reais, um aumento de 1,7% na mesma base de comparação. A margem Ebitda foi de 45,6% de janeiro a março deste ano, um recuo de 1,7 ponto porcentual ante igual intervalo do ano passado.
O volume da ALL Brasil cresceu 4,1%, passando de 8.250 milhões de TKU no primeiro trimestre de 2010 para 8.591 milhões de TKU no primeiro trimestre deste ano. A alta deve-se principalmente pelo ganho de market share da empresa nos setores de milho e açúcar.
São Paulo – A Ativa Corretora reiniciou a cobertura das ações ordinárias da América Latina Logística ( ALLL3 ) com recomendação de compra. O preço-alvo fixado por ação é de 18,40 reais, o que representa um potencial de valorização de 49,5%.
“Definimos nossa tese de investimento com base na expectativa de manutenção do crescimento do volume de produtos agrícolas e industriais transportados pela companhia, bem como a possibilidade de expansão dos novos projetos”, avalia o analista Artur Delorme.
O relatório destaca que a ALL negocia em 7,6 vezes seu múltiplo EV/EBITDA (valor da empresa/geração operacional de caixa), um desconto de 5,8% da média internacional. Em 2011, os papéis da empresa registram desvalorização de 18%, enquanto o desempenho dos últimos 12 meses mostra uma queda de 36%.
“Apesar dos riscos regulatórios atrelados ao setor, que poderão gerar volatilidade no curto prazo, o desconto na avaliação por múltiplos aliado ao relevante potencial de valorização dos papéis ratificam nosso otimismo”, explica Delorme.
O analista acredita que o cenário para ALL é positivo para os próximos anos, em função da expectativa de manutenção do crescimento do volume movimentado pelo modal ferroviário.
Vale lembrar que a fusão entre a ALL e a Standard Logística, aprovada ontem pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), não foi considerada.
A avaliação leva em consideração apenas os ganhos de participação de mercado na malha atual, bem como ganhos de produtividade e a maturação dos novos projetos.
“Para 2011 a expectativa é de aumento de 8,7% no volume movimentado, atrelado à expansão da safra agrícola, aliado ao aquecimento da atividade econômica, ainda que desacelerando frente a 2010”, projeta Delorme.
Para a receita líquida, é esperado um crescimento anual de 18%, atingindo 6,3 bilhões de reais em 2015, em função da maturação dos projetos como Rumo, Brado e Ritmo.
A análise explica que os ganhos de escala geram uma maior diluição dos custos e despesas fixas, parcialmente compensadas pelo aumento da participação dos novos projetos, que possuem menor rentabilidade. “Isto nos leva a estimar margem EBITDA praticamente estável, oscilando próximo ao patamar de 50% no médio prazo”, estima a Ativa.
No caminho das sinergias
Brado
O Cade aprovou nesta semana, sem restrições, a fusão da ALL e Standard Logística, que juntas, formam a Brado Logística. A Brado se destaca como a maior operadora logística do país. A companhia atua nos mercados externo, interno e importação.
Em cinco anos, a Brado fará investimentos que somam 1 bilhão de reais e espera ampliar em até 15% suas operações de contêineres. Desde a criação da companhia, foram investidos cerca de 45 milhões de reais em ampliação de unidades e aquisições de equipamentos.
Rumo
A Rumo, empresa de logística do grupo Cosan (CSAN3), fechou uma parceira com a ALL em 2009. Segundo o acordo, a Rumo é responsável pelos investimentos na ampliação e melhoria da via permanente, em pátios do corredor Bauru-Santos, aquisição de locomotivas e vagões, além da construção e ampliação do terminal do Porto de Santos.
Por outro lado, a ALL presta serviços de transporte garantindo tarifa competitiva em relação ao modal rodoviário, gestão das obras e indicação dos fornecedores de vagões e locomotivas, pagamento de aluguel dos equipamentos em valor proporcional ao transporte efetivo dos produtos, conforme lembra o relatório da Ativa.
Espera-se que o volume transportado aumente do atual patamar de 2 milhões de toneladas por ano, para 9 milhões a partir de 2013, a partir da consolidação de 70 pontos de carregamento de açúcar.
Ritmo
Os negócios rodoviários da ALL e da Ouro Verde foram fundidos no dia 1º de julho deste ano em uma nova empresa de logística rodoviária, a Ritmo Logística. A empresa nasceu com um faturamento de cerca de 300 milhões de reais, 700 equipamentos e 700 funcionários, aproximadamente.
O negócio começa sem dívidas e sem necessidade de aporte de capital dos sócios, segundo Paulo Basílio, presidente da ALL. A ALL e a Ouro Verde transferiram apenas os ativos rodoviários de cada uma das empresas, sem as dívidas. A ALL terá 65% da empresa e a Ouro Verde, 35%.
“As duas empresas tinham essas divisões (rodoviárias) internamente, e a nova empresa tem só essa finalidade”, disse Marcelo Mokayad, presidente da Ritmo Logística. O negócio rodoviário concentra 3% da receita da ALL. Na Ouro Verde, o transporte rodoviário representava 20% da receita e 6% do resultado.
Números no retrovisor
No primeiro trimestre de 2011, a ALL registrou um lucro líquido de 515 mil reais, uma queda de 98,5% ante os 35 milhões de reais verificados no mesmo período de 2010.
O Ebitda ficou em 301 milhões de reais, um aumento de 1,7% na mesma base de comparação. A margem Ebitda foi de 45,6% de janeiro a março deste ano, um recuo de 1,7 ponto porcentual ante igual intervalo do ano passado.
O volume da ALL Brasil cresceu 4,1%, passando de 8.250 milhões de TKU no primeiro trimestre de 2010 para 8.591 milhões de TKU no primeiro trimestre deste ano. A alta deve-se principalmente pelo ganho de market share da empresa nos setores de milho e açúcar.