ATG e NYSE querem operar plataforma no Brasil
Esta é a primeira vez que um potencial concorrente da única bolsa do país estabelece um cronograma formal para pedido de licença
Da Redação
Publicado em 23 de julho de 2013 às 15h36.
São Paulo - A joint venture entre a NYSE Euronext e o Americas Trading Group (ATG) pretende pedir, em 1º de março, a licença para operar uma plataforma de negociação de ações no Brasil . Esta é a primeira vez que um potencial concorrente da única bolsa do País estabelece um cronograma formal para esse pedido.
A NYSE Euronext e o grupo brasileiro ATG já gastaram em equipamentos 25% do investimento planejado de US$ 100 milhões para a joint venture, disse o diretor executivo da ATG, Arthur Machado. "Já estamos importando os equipamentos", afirmou.
A joint venture, que se chamará Americas Trading System Brasil (ATS), pretende estar com a plataforma em operação até o final de 2013, segundo Machado.
A única operadora do mercado acionário brasileiro é a BM&FBovespa, que é também a principal bolsa da América Latina. Muitas empresas já manifestaram interesse em competir no mercado brasileiro, mas há muitos obstáculos para isso. Um dos principais é a câmara de liquidação e custódia (clearing).
A ATS gostaria de usar a clearing da BM&FBovespa, mas a bolsa já indicou que não pretende compartilhar suas instalações até pelo menos o final de 2015. O presidente da BM&FBovespa, Edemir Pinto, acredita que o mercado de ações brasileiro ainda não é grande o suficiente para abrigar concorrentes, mas que esse momento chegará.
"Vejo no Brasil um potencial de expansão que não vejo em nenhum outro país", disse Edemir em entrevista recente. "Menos de 1% dos brasileiros investem no mercado acionário, e há muito espaço para novas empresas emitirem ações."
A BM&FBovespa é a nona maior bolsa do mundo, com as empresas ali negociadas atingindo um valor de mercado de US$ 1,4 trilhão, de acordo com a Federação Mundial de Bolsas. Apenas 364 companhias estão listadas na BM&FBovespa, ante 4 mil na China e quase 7 mil na Índia. Segundo a BM&FBovespa, há 600 mil investidores pessoa física registrados no Brasil, de uma população de 190 milhões.
Executivos da ATS já discutiram seus planos com autoridades brasileiras. Segundo Machado, o Banco Central está estudando qual modelo de clearing seria o melhor para o País, e pode tomar uma decisão até o final do primeiro trimestre. O Banco Central não comentou o assunto.
"A ATS seguirá em frente com seu plano de criar uma segunda bolsa no Brasil, mesmo que tenha que abrir sua própria clearing", disse Machado.
A ATS pretende atingir uma fatia entre 10% e 15% do mercado acionário brasileiro até o final de 2014. A plataforma, inicialmente, irá operar via mercado de balcão.
Outros grupos que já manifestaram interesse no Brasil incluem a operadora de bolsa BATS e a empresa de gestão de ativos Claritas, que em 2011 anunciaram um plano de competir com a BM&FBovespa. A americana Direct Edge Holdings, outra operadora de bolsa, disse que lançará uma plataforma em 2014, embora tenha ressaltado a importância de uma clearing integrada.
Enquanto isso, a BM&FBovespa anunciou investimentos de R$ 1,2 bilhão no período 2010-2014, para oferecer a seus clientes mais serviços a custos mais baixos. As informações são da Dow Jones.
São Paulo - A joint venture entre a NYSE Euronext e o Americas Trading Group (ATG) pretende pedir, em 1º de março, a licença para operar uma plataforma de negociação de ações no Brasil . Esta é a primeira vez que um potencial concorrente da única bolsa do País estabelece um cronograma formal para esse pedido.
A NYSE Euronext e o grupo brasileiro ATG já gastaram em equipamentos 25% do investimento planejado de US$ 100 milhões para a joint venture, disse o diretor executivo da ATG, Arthur Machado. "Já estamos importando os equipamentos", afirmou.
A joint venture, que se chamará Americas Trading System Brasil (ATS), pretende estar com a plataforma em operação até o final de 2013, segundo Machado.
A única operadora do mercado acionário brasileiro é a BM&FBovespa, que é também a principal bolsa da América Latina. Muitas empresas já manifestaram interesse em competir no mercado brasileiro, mas há muitos obstáculos para isso. Um dos principais é a câmara de liquidação e custódia (clearing).
A ATS gostaria de usar a clearing da BM&FBovespa, mas a bolsa já indicou que não pretende compartilhar suas instalações até pelo menos o final de 2015. O presidente da BM&FBovespa, Edemir Pinto, acredita que o mercado de ações brasileiro ainda não é grande o suficiente para abrigar concorrentes, mas que esse momento chegará.
"Vejo no Brasil um potencial de expansão que não vejo em nenhum outro país", disse Edemir em entrevista recente. "Menos de 1% dos brasileiros investem no mercado acionário, e há muito espaço para novas empresas emitirem ações."
A BM&FBovespa é a nona maior bolsa do mundo, com as empresas ali negociadas atingindo um valor de mercado de US$ 1,4 trilhão, de acordo com a Federação Mundial de Bolsas. Apenas 364 companhias estão listadas na BM&FBovespa, ante 4 mil na China e quase 7 mil na Índia. Segundo a BM&FBovespa, há 600 mil investidores pessoa física registrados no Brasil, de uma população de 190 milhões.
Executivos da ATS já discutiram seus planos com autoridades brasileiras. Segundo Machado, o Banco Central está estudando qual modelo de clearing seria o melhor para o País, e pode tomar uma decisão até o final do primeiro trimestre. O Banco Central não comentou o assunto.
"A ATS seguirá em frente com seu plano de criar uma segunda bolsa no Brasil, mesmo que tenha que abrir sua própria clearing", disse Machado.
A ATS pretende atingir uma fatia entre 10% e 15% do mercado acionário brasileiro até o final de 2014. A plataforma, inicialmente, irá operar via mercado de balcão.
Outros grupos que já manifestaram interesse no Brasil incluem a operadora de bolsa BATS e a empresa de gestão de ativos Claritas, que em 2011 anunciaram um plano de competir com a BM&FBovespa. A americana Direct Edge Holdings, outra operadora de bolsa, disse que lançará uma plataforma em 2014, embora tenha ressaltado a importância de uma clearing integrada.
Enquanto isso, a BM&FBovespa anunciou investimentos de R$ 1,2 bilhão no período 2010-2014, para oferecer a seus clientes mais serviços a custos mais baixos. As informações são da Dow Jones.