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As 10 ações que mais subiram e caíram na bolsa em novembro

JBS lidera o índice em mais um mês de queda do Ibovespa; Usiminas tem forte baixa

Os mercados financeiros internacionais viveram mais um mês de tensões (Luiz Iria/EXAME.com)

Os mercados financeiros internacionais viveram mais um mês de tensões (Luiz Iria/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 30 de novembro de 2011 às 18h25.

São Paulo – Os mercados financeiros internacionais viveram mais um mês de tensões com a persistência das dúvidas sobre o andamento da crise da dívida soberana dos países da zona do euro. O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, terminou novembro com uma desvalorização de 2,8%, aos 56.713 pontos.

O dólar também viveu um mês de fortes oscilações. Após chegar ao nível de 1,90 real, a moeda americana terminou o mês com uma valorização de 6,67% . "A nossa projeção é de 1,80 (real) para o final do ano. Mas daqui até lá é simplesmente um jogo de pôquer", disse o economista-chefe no Brasil da corretora Raymond James, Mauricio Rosal, à Agência Reuters.

Na Europa, a queda foi ainda mais acentuada. Em Atenas, o índice ASE recuou 15,63% no período, seguido da Espanha e Portugal (-5,6%), Itália (-4,67), França (-2,72), Alemanha (-0,85) e Inglaterra (-0,7%). Nos Estados Unidos, os principais índices da região caminham para encerrar o mês com uma leve valorização. Os investidores tiveram um alento no último dia de novembro com a combinação de três notícias positivas.

O Banco Central da China (PBOC, People’s Bank of China) cortou em 0,5 ponto percentual a alíquota do compulsório bancário pela primeira vez em quase três anos, os BCs mais influentes do mundo anunciaram uma ação coordenada para aumentar a capacidade de prover liquidez para o sistema financeiro global e um relatório sobre a condição do mercado de trabalho nos EUA surpreendeu os investidores.

“Isso poderia levar para um rali de final de ano se (um grande se) a Europa conseguir se estabilizar”, disse Andrew B. Busch, estrategista do BMO Capital Markets, em um relatório.

Frigoríficos em alta

O frigorífico JBS (JBSS3) mais uma vez foi líder do Ibovespa no mês. As ações subiram 15,3%, mesmo após disparar 42,15% em outubro. A empresa apresentou um resultado que animou os investidores. A empresa encerrou o período com um prejuízo de 182,7 milhões de reais, revertendo um lucro de 166,4 milhões no ano anterior. A receita líquida chegou à casa dos 15,564 bilhões de reais, alta de 10,6% frente ao mesmo período do ano passado. O Ebitda, contudo, caiu 24,1% na mesma comparação.

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Empresa Código Preço (R$) Var. Mês (%) Var. Ano (%)
JBS JBSS3 5,95 15,31 -17,02
Klabin KLBN4 7,22 14,24 28,71
Marfrig MRFG3 8,22 10,34 -46,55
Souza Cruz CRUZ3 22,94 8,93 34,4
Natura NATU3 36,3 8,68 -20,28
Cemig CMIG4 31,02 8,08 22,81
Cesp CESP6 31,51 7,73 19,55
Eletropaulo ELPL4 32,75 6,33 24,97
Copel CPLE6 36,49 6,23 -8,33
Sabesp SBSP3 49,99 6,14 17,37

“A JBS, entretanto, tem reforçado a sua preocupação com a geração de caixa. Algumas medidas foram anunciadas nos últimos meses no sentido de otimizar sua estrutura operacional, como o fechamento de unidades menos produtivas e aumento do valor agregado dos produtos comercializados”, disse Henrique Koch, do BB Investimentos, em relatório publicado à época.


As ações do Marfrig também se recuperaram. O frigorífico anunciou no dia 11 de novembro ter registrado um prejuízo de 687,2% maior no terceiro trimestre de 2011 em comparação com o mesmo período de 2010, ficou no topo do índice nesta semana. O resultado registrou um aumento de 169,3% no Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortizações), para 637 milhões de reais.

Os papéis despencaram 8,77% nesta quarta-feira após questionamentos sobre o balanço da empresa e a retirada da ação do índice MSCI Brasil, que passa a ser efetiva a partir de amanhã. O Marfrig disse em uma nota que o desempenho de hoje é “reflexo da realização de lucros e de ajustes no índice MSCI. Adicionalmente, destaca-se o elevado volume de negociações – aproximadamente três vezes acima da média”.

Quedas

As ações ordinárias da Usiminas (USIM3) despencaram neste mês após a compra da participação 43% da siderúrgica pela Ternium e Tenaris. O negócio foi fechado no domingo passado por um valor de 4,1 bilhões de reais. A notícia foi antecipada pelo blog Faria Lima, de EXAME.com. O preço por ação ficou em 36 reais, aproximadamente 80% acima do fechamento de sexta-feira passada.

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Empresa Código Preço (R$) Var. Mês (%) Var. Ano (%)
Usiminas USIM3 17,8 -27,79 -16,25
B2W BTOW3 10,15 -27,24 -67,36
LLX LLXL3 3 -21,47 -36,58
Gafisa GFSA3 5,37 -15,7 -54,31
Vanguarda Agro VAGR3 0,53 -14,52 -47
MMX MMXM3 6,43 -14,38 -42,74
Usiminas USIM5 10,36 -12,2 -45,53
Gerdau GGBR4 13,5 -11,86 -39,14
Hypermarcas HYPE3 8,15 -11,8 -63,62
PDG PDGR3 6,72 -11,23 -32,69

Apesar da operação, os analistas avaliam que não há possibilidade da extensão da oferta para os minoritários, fato que desencadeou um movimento de venda dos papéis pelos investidores que tinham essa expectativa.

“Consideramos remota a possibilidade de uma oferta obrigatória para os acionistas minoritários ON, pois não acreditamos que isso constitua uma “mudança no controle” e observamos que o Grupo Nippon será o maior acionista ON, apesar de continuar com menos de 50% do total das ações ON e menos de 50% do total de ações do Grupo de Controle”, explicou Jonathan Brandt, analista do HSBC, em um relatório.

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