Dólar: moeda tinha leve queda de 0,01%, a R$2,3958 na venda, já tendo mostrado algum sobe e desce nas primeiras horas do pregão (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 19 de agosto de 2013 às 11h36.
São Paulo - O dólar operava praticamente estável nesta segunda-feira, ainda bastante próximo do patamar de 2,40 reais, após o Banco Central ter feito duas intervenções e ter fechado a semana passa com valorização de mais de 5 por cento.
Só na sexta-feira, a alta do dólar ante o real foi de 2,46 por cento e, para analistas e operadores do mercado, esse movimento pode ter um componente de especulação contra a moeda brasileira.
ÀS 11h16, o dólar tinha leve queda de 0,01 por cento, a 2,3958 reais na venda, já tendo mostrado algum sobe e desce nas primeiras horas do pregão. O volume, no entanto, continuava fraco, em cerca de 40 milhões de dólares, segundo dados da BM&F.
"O mercado está um pouco delicado e o dólar subiu além da conta, está muito alto, e é lógico que tem especulação. Por isso que hoje tem espaço para cair", afirmou o superintendente de câmbio da Advanced Corretora, Reginaldo Siaca.
O dólar abriu em forte alta, chegando a 2,4172 reais na máxima do dia, poucos minutos após o início dos negócios, praticamente ignorando o fato de o BC ter anunciado na noite de sexta-feira a rolagem de 20 mil contratos de swap cambial tradicional, equivalente à venda de dólares no mercado futuro.
A autoridade monetária acabou vendendo o lote todo, com volume financeiro equivalente a 986,1 milhões de dólares e, assim, já rolou 40 mil contratos dos 100.800 que vencem no início de setembro.
Mas, antes de realizar o leilão para rolagem, o BC acabou anunciando nesta manhã outra venda de swap cambial tradicional --desta vez não para rolagem. Acabou vendendo o lote integral de 40 mil contratos com vencimentos de em 1º de novembro deste ano e 1º de abril de 2014. Como consequência, a moeda anulou a alta após o resultado e passou a cair, batendo na mínima de 2,3851 reais.
"Acabou fazendo preço esse lote todo que ele aceitou no leilão", disse um operador de câmbio de banco brasileiro.
Na sexta-feira, o dólar avançou 2,5 por cento devido a um mau humor de investidores com a política econômica brasileira e após o ministro da Fazenda, Guido Mantega, ter dito que o câmbio mais desvalorizado beneficia a indústria brasileira.
Também pesa a expectativa dos investidores sobre a redução da política de estímulos feita pelo Federal Reserve, banco central norte-americano, que injeta atualmente 85 bilhões de dólares ao mês nos mercados.
Com os sinais de recuperação da maior economia do mundo, o Fed também já indicou que deve começar a retirar esses estímulos, o que vai reduzir a liquidez mundial.
No exterior, o dólar subia ante outras moedas, como o peso mexicano, cerca de 0,70 por cento.