Após subir mais de 2%, dólar fecha em alta de 0,6%
Segundo operadores, a autoridade monetária buscou corrigir a alta exagerada, um movimento considerado volátil demais e evitar possíveis impactos inflacionários
Da Redação
Publicado em 18 de maio de 2012 às 17h53.
São Paulo - Diante do avanço de mais de 2 por cento do dólar no final da tarde desta sexta-feira, chegando a se aproximar de 2,06 reais, o Banco Central voltou a intervir no mercado para segurar a cotação da moeda norte-americana.
Segundo operadores, a autoridade monetária buscou corrigir a alta exagerada, um movimento considerado volátil demais e evitar possíveis impactos inflacionários.
O dólar, fechou a sexta-feira com alta de 0,62 por cento, cotado a 2,0185 reais na venda, depois de bater na máxima do dia, de 2,0577 reais, com valorização de 2,57 por cento na ocasião. Na semana, a divisa norte-americana acumulou avanço de 3,20 por cento e, no ano, já se valorizou 8,03 por cento.
O dólar ainda fechou a semana na maior cotação desde 22 de junho de 2009, quando encerrou o período cotado a 2,023 reais. "O BC tinha que entrar (no mercado) para a moeda parar de subir. O mercado estava completamente distorcido. Ele (BC) atuou para evitar essa distorção", disse o operador de câmbio da B&T Corretora de Câmbio Marcos Trabbold.
O BC vendeu todos os 13.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados nesta sexta-feira, com vencimento em 1º de junho. A operação equivaleu a um volume financeiro de 654,3 milhões de dólares.
A última vez que o BC havia feito um leilão de swap cambial tradicional foi no dia 28 de outubro do ano passado, para rolar alguns contratos que estavam vencendo. Pouco mais de um mês antes, a autoridade monetária havia voltado a fazer esse tipo de intervenção, em 22 de setembro, quando a moeda norte-americana estava no patamar de 1,90 real.
Além de evitar distorções no mercado, Trabbold acredita que o BC também quer evitar um impacto mais forte na inflação. No entanto, depois do swap e de várias altas seguidas -o dólar subiu em cinco das últimas seis sessões-, o operador diz acreditar que a moeda norte-americana pode ter uma correção técnica na segunda-feira. "Segunda-feira a moeda pode recuar um pouco.
Se subir de novo e bater os 2,05 reais, o próprio mercado vai se corrigir, porque sabe que perto disso o BC pode atuar", afirmou.
O operador de câmbio da Interbolsa do Brasil Ovídio Soares também avalia que o BC quis mostrar que está atento. "O mercado exagerou muito hoje na alta e por isso o BC entrou, para mostrar que está vivo", completou.
Soares não descarta que o dólar possa voltar a subir caso o mercado internacional continue negativo e volte se deteriorar com a questão da Grécia. No entanto, o BC voltaria a atuar para conter essa valorização excessiva, ainda de acordo com o operador.
São Paulo - Diante do avanço de mais de 2 por cento do dólar no final da tarde desta sexta-feira, chegando a se aproximar de 2,06 reais, o Banco Central voltou a intervir no mercado para segurar a cotação da moeda norte-americana.
Segundo operadores, a autoridade monetária buscou corrigir a alta exagerada, um movimento considerado volátil demais e evitar possíveis impactos inflacionários.
O dólar, fechou a sexta-feira com alta de 0,62 por cento, cotado a 2,0185 reais na venda, depois de bater na máxima do dia, de 2,0577 reais, com valorização de 2,57 por cento na ocasião. Na semana, a divisa norte-americana acumulou avanço de 3,20 por cento e, no ano, já se valorizou 8,03 por cento.
O dólar ainda fechou a semana na maior cotação desde 22 de junho de 2009, quando encerrou o período cotado a 2,023 reais. "O BC tinha que entrar (no mercado) para a moeda parar de subir. O mercado estava completamente distorcido. Ele (BC) atuou para evitar essa distorção", disse o operador de câmbio da B&T Corretora de Câmbio Marcos Trabbold.
O BC vendeu todos os 13.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados nesta sexta-feira, com vencimento em 1º de junho. A operação equivaleu a um volume financeiro de 654,3 milhões de dólares.
A última vez que o BC havia feito um leilão de swap cambial tradicional foi no dia 28 de outubro do ano passado, para rolar alguns contratos que estavam vencendo. Pouco mais de um mês antes, a autoridade monetária havia voltado a fazer esse tipo de intervenção, em 22 de setembro, quando a moeda norte-americana estava no patamar de 1,90 real.
Além de evitar distorções no mercado, Trabbold acredita que o BC também quer evitar um impacto mais forte na inflação. No entanto, depois do swap e de várias altas seguidas -o dólar subiu em cinco das últimas seis sessões-, o operador diz acreditar que a moeda norte-americana pode ter uma correção técnica na segunda-feira. "Segunda-feira a moeda pode recuar um pouco.
Se subir de novo e bater os 2,05 reais, o próprio mercado vai se corrigir, porque sabe que perto disso o BC pode atuar", afirmou.
O operador de câmbio da Interbolsa do Brasil Ovídio Soares também avalia que o BC quis mostrar que está atento. "O mercado exagerou muito hoje na alta e por isso o BC entrou, para mostrar que está vivo", completou.
Soares não descarta que o dólar possa voltar a subir caso o mercado internacional continue negativo e volte se deteriorar com a questão da Grécia. No entanto, o BC voltaria a atuar para conter essa valorização excessiva, ainda de acordo com o operador.