Após seis meses, BTG volta com Banco do Brasil (BBAS3) na carteira para setembro
Uma novidade é que o banco entrou no setor de varejo com Vivara (VIVA3), que substituiu Allos (ALOS3)
Repórter de finanças
Publicado em 5 de setembro de 2024 às 14h50.
Após seis meses de ausência, o BTG Pactual (do mesmo grupo controlador da EXAME ) retornou com Banco do Brasil (BBAS3) na carteira para setembro. A companhia substituiu Stone (STOC31), recomendada desde abril, pelo banco.
Para os analistas do BTG, a ação ainda está com um valuation muito atrativo e um novo guidance divulgado no balanço do segundo trimestre de 2024 colaborou para a visão otimista sobre o banco.
“Como esperado, tanto a margem financeira quanto as provisões para perdas de crédito foram revisadas para cima, com impacto neutro no lucro líquido”, diz relatório.
Assim,a estimativa de lucro líquido ajustado foi mantida entre R$ 37 e R$ 40 bilhões, o que seria uma alta de 8% anual (assumindo o ponto médio do guidance).
Negociando a menos de 0,9 vezes o valor patrimonial mais recente, com um ROE (retorno sobre patrimônio) ainda acima de 20% e um dividend yield de aproximadamente 11% – somado ao atual cenário de capital saudável do banco – os analistas veem razões para manter a recomendação de compra.
Allos (ALOS3) dá lugar a Vivara (VIVA3)
Outra novidade foi a entrada no setor de varejo com a posição em Vivara (VIVA3). A companhia ingressou no lugar de Allos (ALOS3), com 10% de peso.
De acordo com o relatório do BTG, Vivara apresentou uma evolução na dinâmica dos lucros no segundo trimestre de 2024, com o preço atual da ação sendo negociado a 12 vezes o lucro estimado por ação para o ano de 2025.
Entretanto, a governança corporativa continua sendo a principal preocupação com a ação. Em meados de março, a companhia enfrentou uma queda significativa, quando Nelson Kaufman, fundador e maior acionista da empresa, foi aprovado como o novo CEO após a renúncia de Paulo Kruglensky.
“Após o anúncio, surgiram muitas dúvidas sobre a governança da empresa e possíveis mudanças em sua estratégia. Embora acreditemos que alguma incerteza persista no curto prazo após os eventos recentes e a troca de gestão no cargo de CEO, e reconhecemos que isso pode afastar alguns investidores, continuamos a ver fundamentos sólidos na tese de investimento”, escreveram.
Além do valuation atrativo e do múltiplo, os analistas também destacam que veem um crescimento consistente da receita líquida, com um CAGR (taxa de crescimento anual composta) de 18% em 4 anos.
Entra Marcopolo (ELET3), sai JBS (JBSS3)
Além do varejo, o BTG agora tem posição no setor de bens de capital com Marcopolo (POMO4), que substitui JBS (JBSS3).
Em relatório, os analistas destacam que permanecem otimistas em relação aos resultados. O que colabora com a tese é um melhor momento de curto prazo, impulsionado por uma recuperação na indústria de ônibus (ajudada por tarifas aéreas maiores, com clientes optando por viagens de ônibus).
A reestruturação da capacidade de produção da companhia aliado a um cenário melhor para o fornecimento de componentes também se somam para a recomendação da empresa.Por fim, o BTG Pactual ainda destaca os resultados mais positivos das operações internacionais e volumes maiores do programa Caminho da Escola.
“Além disso, a POMO4 está cada vez mais bem posicionada para novas oportunidades, como aprimorar o posicionamento B2B da empresa, acelerar a transformação tecnológica, melhorar a eficiência produtiva e se beneficiar do crescente mercado de ônibus elétricos”, escreveram os analistas.
Por conta disso, veem a companhia negociando a um valuation atrativo,com o preço atual da ação sendo negociado a 5 vezes o lucro estimado por ação para o ano de 2025.
Simulador de Investimentos da EXAME
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