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Após recordes, dólar cai 1% e fecha em R$ 4,21

Moeda interrompeu quatro altas consecutivas, período em que acumulou valorização de 1,57%

Anúncio do BC agradou ao mercado, por passar mensagem de prontidão para a autoridade monetária agir no câmbio. (Rick Wilking/Reuters)
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Reuters

Publicado em 28 de novembro de 2019 às 18h09.

Última atualização em 28 de novembro de 2019 às 18h14.

O dólar fechou em queda ante o real nesta quinta-feira (28), a primeira em cinco sessões e a mais forte desde meados de outubro, com os vendedores reaparecendo depois de ajuste nos dados da balança comercial e da sinalização do Banco Central de disposição para atuar no câmbio.

No mercado interbancário, o dólar caiu 1,00%, a 4,2160 reais na venda. É a maior baixa percentual diária desde 23 de outubro (-1,05%).

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O dólar vinha de quatro altas consecutivas, período em que acumulou valorização de 1,57%. A moeda vem de três recordes históricos consecutivos para um fechamento.

Na B3, em que os negócios vão até as 18h15, o dólar de maior liquidez caía 1,11%, a 4,2170 reais.

O dólar ensaiou baixa desde a abertura, com investidores à espera da oferta de até 1 bilhão de dólares no mercado à vista, anunciada pelo Banco Central na noite anterior. O A

O BC vendeu todo o lote ofertado.

O alívio até então, contudo, era modesto, na casa de 0,2%, especialmente considerando que o dólar vinha de três recordes históricos consecutivos para fechamento e ainda a alta acumulada de 1,57% em quatro pregões seguidos de alta.

Mas por volta de 14h40 as vendas se intensificaram, após o Ministério da Economia revisar dados da balança comercial de novembro para mostrar superávit, e não déficit como informado anteriormente.

Pelas novas informações divulgadas nesta quinta-feira, o país acumulou nas quatro primeiras semanas de novembro saldo comercial positivo de 2,7 bilhões de dólares. O país exportou nas quatro primeiras semanas deste mês o equivalente a 13,5 bilhões de dólares, ante 9,7 bilhões de dólares reportados antes.

Na segunda-feira, o ministério havia informado déficit comercial de 1,099 bilhão de dólares no acumulado de novembro. Naquele dia, o dólar fechou numa máxima histórica, impulsionado pelos fracos números da balança e de transações correntes.

"Como alguém já disse: 'No Brasil até o passado é incerto'", afirmou no Twitter o gestor Marcos Mollica, da Opportunity.

O alívio desta quinta reduziu a alta do dólar no acumulado do mês para ainda expressivos 5,16% --depreciação de 4,91% para o real. Mas tamanha perda começa a atrair algumas recomendações mais positivas.

O banco suíço Julius Baer melhorou nesta quinta a avaliação para o real, citando espaço limitado para mais fraqueza da moeda brasileira depois justamente de forte depreciação recente.

"Mas, fundamental e estruturalmente, o real parece atraente nos níveis atuais em termos da taxa de câmbio efetiva real (REER) e dos termos de troca", disse o banco em nota.

Em outra evidência de que o câmbio não tem passado por disfuncionalidade mais clara, a volatilidade implícita para as opções de dólar/real de um mês caiu ao menor patamar desde 2 de agosto, indicação de que o mercado não vislumbra uma desvalorização estruturalmente acelerada para o real por perspectiva de que o crescimento econômico em 2020 possa voltar a trazer fluxos ao país.

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