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Após início de sessão instável, dólar cai 0,4% ante real

Moeda voltava a se aproximar de R$2,20 com investidores ainda atraídos pela perspectiva de juros mais altos no Brasil

Troca reais por dólares em casa de câmbio: às 10h48, o dólar recuava 0,42 por cento, a 2,2070 reais na venda, depois de oscilar de 2,1971 reais, na mínima, a 2,2256, na máxima do dia (Bruno Domingos/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 1 de outubro de 2013 às 11h07.

São Paulo - Após um início de sessão instável, o dólar firmava uma tendência de queda e voltava a se aproximar de 2,20 reais com investidores ainda atraídos pela perspectiva de juros mais altos no Brasil.

Às 10h48, o dólar recuava 0,42 por cento, a 2,2070 reais na venda, depois de oscilar de 2,1971 reais, na mínima, a 2,2256, na máxima do dia. Na sessão anterior, a divisa havia caído 1,83 por cento, para 2,2163 reais, fechando setembro com a maior queda mensal em quase dois anos.

"A possibilidade de aumento da Selic leva a um ajuste no dólar, devido ao posicionamento de um juros um pouco maior", afirmou o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo.

O Banco Central aumentou sua estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2014. De acordo com o Relatório Trimestral de Inflação do BC, divulgado na segunda-feira, a inflação oficial deve subir 5,7 por cento no próximo ano, ante estimativa anterior de 5,4 por cento.

A elevação na estimativa abre espaço para um cenário de Selic mais elevada no ano que vem, o que tornaria o real mais atrativo em relação a outras moedas e traria investimentos ao país.

Também tem contribuído para o movimento de desvalorização do dólar o programa de intervenção diária do Banco Central. Nesta terça-feira, foram vendidos todos 10 mil contratos ofertados de swap cambial tradicional com vencimento em 3 de fevereiro de 2014, cujo volume financeiro foi equivalente a 497,8 milhões de dólares.


No cenário externo, as atenções estavam voltadas para a turbulência política nos Estados Unidos. A paralisação parcial do governo norte-americano, após o Congresso não conseguir chegar a um acordo sobre o projeto de lei com fundos de emergência, enfraquecia o dólar em relação a moedas de economias desenvolvidas. Em relação a uma cesta de moedas, a divisa dos Estados Unidos caía 0,2 por cento.

Por outro lado, a atividade industrial da China registrou crescimento abaixo do esperado em setembro. O Índice oficial de Gerentes de Compra (PMI, na sigla em inglês) da segunda maior economia do mundo alcançou 51,1 no mês passado, ante expectativa da Reuters de alta de 51,5, deixando os investidores mais cautelosos em relação aos ativos dos principais parceiros comerciais do país, entre eles, o Brasil.

Esse cenário de informações diversas contribuía para o cenário mais volátil do dólar ante o real nas primeiras horas do pregão. "Estamos longe de ter um dólar estável", afirmou o operador de câmbio da Intercam Corretora, Glauber Romano.

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São Paulo - Após um início de sessão instável, o dólar firmava uma tendência de queda e voltava a se aproximar de 2,20 reais com investidores ainda atraídos pela perspectiva de juros mais altos no Brasil.

Às 10h48, o dólar recuava 0,42 por cento, a 2,2070 reais na venda, depois de oscilar de 2,1971 reais, na mínima, a 2,2256, na máxima do dia. Na sessão anterior, a divisa havia caído 1,83 por cento, para 2,2163 reais, fechando setembro com a maior queda mensal em quase dois anos.

"A possibilidade de aumento da Selic leva a um ajuste no dólar, devido ao posicionamento de um juros um pouco maior", afirmou o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo.

O Banco Central aumentou sua estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2014. De acordo com o Relatório Trimestral de Inflação do BC, divulgado na segunda-feira, a inflação oficial deve subir 5,7 por cento no próximo ano, ante estimativa anterior de 5,4 por cento.

A elevação na estimativa abre espaço para um cenário de Selic mais elevada no ano que vem, o que tornaria o real mais atrativo em relação a outras moedas e traria investimentos ao país.

Também tem contribuído para o movimento de desvalorização do dólar o programa de intervenção diária do Banco Central. Nesta terça-feira, foram vendidos todos 10 mil contratos ofertados de swap cambial tradicional com vencimento em 3 de fevereiro de 2014, cujo volume financeiro foi equivalente a 497,8 milhões de dólares.


No cenário externo, as atenções estavam voltadas para a turbulência política nos Estados Unidos. A paralisação parcial do governo norte-americano, após o Congresso não conseguir chegar a um acordo sobre o projeto de lei com fundos de emergência, enfraquecia o dólar em relação a moedas de economias desenvolvidas. Em relação a uma cesta de moedas, a divisa dos Estados Unidos caía 0,2 por cento.

Por outro lado, a atividade industrial da China registrou crescimento abaixo do esperado em setembro. O Índice oficial de Gerentes de Compra (PMI, na sigla em inglês) da segunda maior economia do mundo alcançou 51,1 no mês passado, ante expectativa da Reuters de alta de 51,5, deixando os investidores mais cautelosos em relação aos ativos dos principais parceiros comerciais do país, entre eles, o Brasil.

Esse cenário de informações diversas contribuía para o cenário mais volátil do dólar ante o real nas primeiras horas do pregão. "Estamos longe de ter um dólar estável", afirmou o operador de câmbio da Intercam Corretora, Glauber Romano.

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