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Após bater R$4,38, dólar fecha em queda com intervenção do BC

Moeda americana fecha em leve baixa de 0,34%, a 4,3356 reais na venda

Dólar: moeda americana fecha em leve queda após intervenção do BC (Royalty-free/Getty Images)

Dólar: moeda americana fecha em leve queda após intervenção do BC (Royalty-free/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 13 de fevereiro de 2020 às 17h14.

Última atualização em 13 de fevereiro de 2020 às 17h46.

São Paulo — O dólar fechou em queda moderada ante o real nesta quinta-feira, após o Banco Central realizar a primeira injeção líquida de moeda via swaps cambiais em um ano e meio, depois de a cotação ter disparado logo no começo dos negócios e batido novo recorde histórico acima de 4,38 reais na venda.

A força do dólar logo no começo do pregão ocorreu na esteira de mais um dia sólido para a moeda no exterior, mas no Brasil teve como pano de fundo comentários feitos na véspera pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, em que voltou a defender um câmbio depreciado.

Poucas horas depois, questionado sobre o movimento do câmbio e o potencial efeito dos comentários de Guedes, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, repetiu em entrevista à GloboNews que a desvalorização do real tem acontecido sem aumentos de prêmios de risco e que o importante para o BC é como isso afeta as expectativas de inflação, que, reiterou, estão ancoradas.

Estrategistas do Morgan Stanley avaliaram que a recente depreciação do real esteve ligada à percepção de que o BC estava "confortável" com o atual patamar de câmbio --entendimento reforçado pelas falas tanto de Campos Neto quanto de Guedes na noite da véspera.

O dólar chegou a acumular alta de mais de 8% ante o real em 2020, o que faz do real a moeda de pior desempenho entre 33 rivais do dólar neste ano.

Mas o Morgan Stanley também avaliou que o BC provavelmente se tornaria mais "proativo" em caso de aumento da volatilidade.

De fato, a volatilidade implícita de três meses para opções de dólar/real chegou a flertar com máximas do ano nas últimas sessões. Até mesmo o cupom cambial --uma medida da liquidez do mercado-- voltou a subir nas últimas sessões, evidência de um maior grau de nervosismo do mercado.

"Com a intervenção do BC, o real deve voltar a operar mais em linha com seus pares", disse Luciano Rostagno, estrategista-chefe do banco Mizuho do Brasil.

Por volta de 10h, quando o dólar bateu 4,3840 reais na venda --novo pico histórico intradiário--, o Banco Central anunciou oferta líquida de até 20 mil contratos de swap cambial tradicional --derivativos que funcionam como uma venda de dólar no mercado futuro.

O BC colocou todo o lote ofertado, no equivalente a 1 bilhão de dólares. Desde agosto de 2018 a autoridade monetária não fazia tal operação. Naquele mês, o BC vendeu um total de 1,5 bilhão de dólares nesses ativos. Veja gráfico da variação do estoque de swaps cambiais tradicionais. Valores positivos indicam venda líquida desses contratos.

O dólar à vista fechou em baixa de 0,34%, a 4,3356 reais na venda.

Na máxima do dia, alcançada na primeira hora de pregão, a divisa alcançou 4,3840 reais na venda, novo pico histórico intradiário.

Na B3, o contrato futuro de maior liquidez tinha queda de 0,22%, a 4,3490 reais.

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