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André Esteves fornece tecnologia por fim de processo na CVM

Para acabar com processo administrativo por violação do período de silêncio antes do IPO do BTG Pactual, banqueiro irá bancar licenças perpétuas de softwares da IBM

André Esteves, controlador do BTG Pactual (Germano Lüders/EXAME.com)

André Esteves, controlador do BTG Pactual (Germano Lüders/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 7 de dezembro de 2012 às 10h21.

São Paulo - Na noite de ontem, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) divulgou a aprovação de um termo de compromisso firmado com o banqueiro André Esteves, CEO do BTG Pactual. Em troca de licenças de softwares e treinamento de pessoal por um período de quatro anos, a autarquia encerrará um processo administrativo que apurava a violação do período de silêncio pelo bilionário, antes do IPO do banco, realizado em abril deste ano.

Pela instrução 400/2003 da CVM, funcionários e porta-vozes ficam proibidos de falar a respeito de operações do tipo antes de publicado o anúncio de encerramento da oferta. Esteves, no entanto, teria dado declarações a respeito da destinação do capital levantado e representatividade do IPO em um momento de incertezas econômicas - o BTG captou 3,6 bilhões de reais no mercado, alcançando o posto de sétima maior abertura de capital no Brasil. 

Em sua defesa, Esteves afirmou que as informações fornecidas à imprensa constavam no prospecto da operação, sem maior poder de influência sobre os investidores. A proposta do fornecimento de tecnologia para extinguir o processo foi oferecida pela CVM e aceita pelo banqueiro.

No total, Esteves irá bancar licenças perpétuas de seis softwares da IBM. Os programas permitem análise de dados e estatísticas do mercado. Para operá-los, 12 pessoas também receberão treinamento financiado pelo empresário. 

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