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Anbima prevê emissões no Novo Mercado de Renda Fixa

Expectativa é que primeiras emissões ocorram ainda no segundo semestre de 2011; volume pode chegar a R$ 30 bilhões

O mercado ainda espera esclarecimentos sobre o funcionamento dos fundos (Beatriz Albuquerque /Cláudia)

O mercado ainda espera esclarecimentos sobre o funcionamento dos fundos (Beatriz Albuquerque /Cláudia)

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Da Redação

Publicado em 5 de abril de 2011 às 13h30.

São Paulo - As primeiras emissões de empresas conforme as regras do Novo Mercado de Renda Fixa podem acontecer a partir do segundo semestre deste ano, afirmou hoje Rodrigo Azevedo, diretor da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). "Queremos ver um número relevante de operações acontecendo até o final do ano", destacou.

A associação não fala em volumes, mas avalia que a decisão do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) de deixar de financiar cerca de R$ 30 bilhões pode ser um número "realista" para o montante que pode ser absorvido pelo mercado de capitais por meio da iniciativa.

De acordo com Azevedo, as emissões podem acontecer independentemente de questões ainda em discussão, como a criação de fundos para garantir a liquidez dos papéis no mercado secundário, apontada como um dos entraves para as emissões de longo prazo de títulos privados.

O funcionamento desses fundos é um dos temas de maior dúvida no mercado. A proposta da Anbima prevê a criação de dois tipos de mecanismo: o primeiro é um fundo de apoio à liquidez (FAL), que contará com recursos do BNDES e de fontes privadas e tende a ser temporário. "Quando o mercado apresentar um volume de negociação relevante, não haverá mais a necessidade desse instrumento", explicou Azevedo.

O segundo, chamado de fundo garantidor de liquidez (FGL), funcionará como uma espécie de seguro para assegurar a negociação de um determinado ativo que eventualmente passe por restrições de liquidez. "Esse fundo não tratará de situações de risco sistêmico", ressaltou o diretor da Anbima.

Ainda existem, porém, diversos pontos em aberto sobre o funcionamento dos fundos. O primeiro diz respeito a quem financiará a iniciativa, uma vez que os fundos terão rentabilidade menor por priorizarem a liquidez. Uma das alternativas em estudo é a possibilidade de os bancos viabilizarem fundos a partir de recursos recolhidos ao Banco Central na forma de compulsório.

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