Prédio do Banco do Brasil: em novembro, BB Investimentos tem exposição maior a siderurgia e está de olho no “divisor de águas” da Petrobras (Bloomberg/Dado Galdieri)
Da Redação
Publicado em 5 de novembro de 2013 às 12h44.
São Paulo - Dentre as carteiras recomendadas publicadas por EXAME.com neste mês, a do BB Investimentos foi a de maior rendimento em outubro. Enquanto a carteira rendeu 7,76%, no mesmo mês, o Ibovespa teve alta de 3,6%. Hamilton Moreira Alves, analista do BB Investimentos, explica que a tática foi manter a carteira mais colada ao Ibovespa, “Acreditávamos que o índice iria subir e escolhemos mais papéis dentro dele”, afirmou.
A ideia era de que haveria uma recuperação no índice doméstico, tendo como base a performance do exterior. Em outubro, entraram Cielo, Cyrela, Hypermarcas, Itaú Unibanco, Lojas Renner, Ultrapar e Usiminas. Foram mantidas Vale, Petrobras, Suzano, Pão de Açúcar, MRV, Light e Gerdau. “No mês passado, acreditávamos no setor de siderurgia e continuamos acreditando. No setor de consumo também”, afirmou Alves.
Os papeis retirados foram ALL, Bradesco, BRF, Klabin, M. Dias Branco, Marcopolo, MMX Mineração e Multiplus. “Nossa falha em setembro havia sido em consumo, que achávamos que iria andar só em outubro”, afirmou Alves. Em setembro, a carteira do BB Investimentos havia registrado uma queda de 0,22%.
Em novembro, os papeis incluídos foram Bicbanco, CCR, Equatorial, Eztec e Fibria e as ações que saíram foram Cyrela, Light, Lojas Renner, MRV, Suzano. “Descolamos um pouco do índice esse mês com três papeis: Bicbanco, Equatorial e Eztec”, afirmou Alves, que espera uma nova subida da Bolsa neste mês.
O BB Investimentos diversificou um pouco mais os setores, mantendo papéis que considera sólidos (como Pão de Açúcar e Hypermarcas) e algumas ações de fora do índice para os quais havia uma boa expectativa. “Eztec foi uma exceção, mas era uma escolha para colocar pimenta na carteira”, afirmou. O papel tem queda de 4,64% no mês.
Em novembro, a expectativa segue boa para os papeis do setor de siderurgia e mineração, “achamos que virão números bons da China”, disse Alves. A Petrobras terá um “divisor de águas” no dia 22, segundo o analista. Neste dia, o conselho de administração da estatal se reúne e pode aprovar uma nova metodologia de cálculo para os preços dos combustíveis.