Bandeiras do Mercosul: os EUA podem começar a elevar as taxas básicas de juros a partir do segundo semestre de 2015 (Norberto Duarte/AFP)
Da Redação
Publicado em 25 de novembro de 2014 às 12h59.
São Paulo - Os ratings soberanos da América Latina estão razoavelmente bem posicionados para absorver qualquer volatilidade causada pelo eventual início da alta dos juros nos EUA, afirmou nesta terça-feira, 25, a Moody's no relatório "Global Sovereign Outlook".
"Déficits em conta corrente moderados e fortes colchões financeiros reduziram a dependência de países (da América Latina) em relação ao financiamento externo e, consequentemente, sua exposição a mudanças no sentimento do investidor", comentou a Moody's.
Para muitos analistas, os EUA podem começar a elevar as taxas básicas de juros a partir do segundo semestre de 2015, após ter recentemente concluído um programa de compras mensais de bônus.
Segundo a Moody's, o crescimento mais fraco da economia mundial, particularmente na zona do euro e na China, é outro risco para a América Latina.
A agência de classificação de risco notou, porém, que a região tem vulnerabilidade restrita a uma desaceleração chinesa, devido a exportações limitadas para o gigante asiático.
Os países mais expostos na América Latina são o Chile, cujas exportações para a China representam 6,9% do Produto Interno Bruto (PIB), Venezuela (3,8% do PIB), Peru (3,5% do PIB), Uruguai (2,3% do PIB) e Brasil (2,1% do PIB), disse a Moody's.