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Ágora vê riscos de curto prazo e reduz apostas para ações da BM&FBovespa

Analistas mostram preocupação com a redução do volume médio girado na bolsa brasileira

As ações da bolsa já recuaram 14,5% em 2011 e são negociadas a 11,20 reais (Germano Luders/EXAME.com)

As ações da bolsa já recuaram 14,5% em 2011 e são negociadas a 11,20 reais (Germano Luders/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 16 de março de 2011 às 06h12.

São Paulo – Os analistas da Ágora Corretora estão preocupados com a redução do volume médio girado pela bolsa brasileira e reduziram as projeções para as ações da BM&FBovespa (BVMF3). O preço-alvo para dezembro de 2011 foi reduzido de 15 reais para 14,10 reais por ação.

“A principal variável alterada foi a projeção do giro financeiro médio do mercado de ações no Brasil, saindo de R$ 8,3 bilhões para R$ 7,2 bilhões”, afirma Aloísio Villeth Lemos, analista da corretora. As ações da bolsa já recuaram 14,5% em 2011 e são negociadas a 11,20 reais.

“Até agora, no acumulado de dois meses e meio, tal valor médio situa-se em R$ 6,9 bilhões, cerca de 6% acima do ano de 2010 e indicando evolução, mas não nos parecendo suficiente, dado o cenário conjuntural que vivenciamos, para atingir a expectativa anterior”, ressalta.

O analista, que continuou com a recomendação de manter os papéis da bolsa, acredita que o fluxo de notícias negativas pode continuar a manter um nível de aversão ao risco capaz de inibir o aumento do volume da negociação com ações.

O Ibovespa, principal índice de ações do mercado brasileiro, apresenta uma queda de 3,3% em 2011, aos 67.010 pontos. Os investidores têm sido desafiados, desde o início do ano, com fatores que não constavam na lista dos principais riscos para o investimento em ações.

A revolução popular no Egito, acompanhada das tensões em países do norte da África como a Líbia e no Oriente Médio (Bahrein). Além disso, um forte terremoto acompanhado de um tsunami no Japão trouxe novas incertezas para a economia global japonesa, a terceira maior do mundo.

“Apesar de continuarmos estimulados com a tendência de longo prazo do mercado acionário brasileiro e, por consequência da BM&FBovespa, não podemos deixar de considerar os riscos de curto prazo para o negócio. Assim adotamos uma postura mais conservadora, levando à redução do preço-alvo para BVMF3”, conclui Lemos.

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