Mercados

Agenda do dia tem IGP-M e reação ao Copom

O mercado reage hoje à decisão de ontem à noite do Comitê de Política Monetária, que cortou a Selic em 0,5 ponto percentual


	Copom indica que novos cortes, “se” houverem, serão feitos com “máxima parcimônia”
 (Divulgação/Banco Central)

Copom indica que novos cortes, “se” houverem, serão feitos com “máxima parcimônia” (Divulgação/Banco Central)

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Da Redação

Publicado em 30 de agosto de 2012 às 08h56.

São Paulo - Os juros futuros reagem hoje à decisão do Copom de cortar a Selic para 7,5% e indicar que novos cortes, “se” houverem, serão feitos com “máxima parcimônia”. A agenda do dia traz IGP-M, que deve mostrar aumento da inflação segundo analistas, indicadores de crédito e anúncio do orçamento de 2013. Nos EUA, saem dados de renda, despesas pessoais e seguro-desemprego.

No exterior, as ações recuam após indicadores reforçarem receio de desaceleração global. O petróleo recua e o cobre opera em alta. O euro caminha para alta diante do dólar.

Hoje a coluna de renda fixa mostra que as empresas brasileiras estão perdendo a chance de captar recursos com as taxas mais baixas da história. O crescimento econômico mais fraco entre as nações em desenvolvimento está retraindo a demanda por bens e serviços, de casas a passagens aéreas.

Internacional: Ações caem com receios sobre economia global

Ações europeias e índices futuros americanos caem após dados na Alemanha, Japão e Coréia do Sul ampliarem os receios de desaceleração global.

Desempregados na Alemanha agosto: 9.000 X 9.000 jul; est. 7.000 • Vendas no varejo Japão julho: -0,8% X 0,2% junho; est. -0,1%.

Na Coréia do Sul, confiança da indústria perto do menor nível desde 2009.

Nos EUA, gastos dos consumidores provavelmente tiveram em julho a maior alta em cinco meses, segundo economistas, reduzindo especulações de que o presidente do Fed, Ben S. Bernanke, anunciará um 3º QE, amanhã em Jackson Hole.

“Investidores que esperam que Bernanke se comprometa claramente com um QE3 podem ficar desapontados, o que pode disparar alguma venda de ativos de risco”, disse Mikio Kumada, estrategista basdeado em Cingapura da LGT Capital Management.

Euro reduz a alta registrada mais cedo antes de encontro entre líderes franceses e espanhois em Madri.

Petróleo cai pelo 2º dia com a alta inesperada dos estoques e o enfraquecimento do furacão Isaac; cobre se valoriza.

Rendimentos dos títulos do Tesouro americano do Reino Unido e da Alemanha caem e as taxas da Itália e Espanha sobem.

Juros pagos pelo Tesouro italiano caíram em leilão hoje com perspectiva de que o BCE compre dívida dos países.


Agenda do dia: IGP-M, dados do crédito; reação ao Copom

O mercado reage hoje à decisão de ontem à noite do Comitê de Política Monetária, que cortou a Selic em 0,5 ponto percentual, para 7,5%, por unanimidade.

Para acompanhar

Arno Augustin, secretário do Tesouro Nacional, Dyogo de Oliveira, secretário-executivo adjunto do Ministério da Fazenda, o diretor financeiro da Cemig (CMIG4 BZ), Luiz Fernando Rolla, e a presidente da S&P no Brasil, Regina Nunes, participam de evento promovido pela Apimec, em São Paulo, a partir das 8:00.

Edemir Pinto, presidente da BM&FBovespa (BVMF3 BZ), participa de fórum sobre mercados de Brasil e China, às 9:00, no Rio.

Executivos das operadoras Oi (OIBR4 BZ), Vivo (VIVT4 BZ), Claro e Tim (TIMP3 BZ) participam de encontro em Brasília, às 9:00.

Tesouro Nacional faz leilão de LTN com vencimentos em 2013, 2014 e 2016 das 11:00 às 11:30, resultado sai às 12:00.

Fras-Le (FRAS3 BZ) promove reunião com analistas e investidores às 8:00 no Rio de Janeiro.

Governo

Ministro da Fazenda, Guido Mantega, às 10:00, e a presidente Dilma Rousseff, às 10:30, participam da reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social no Palácio do Planalto. Às 14:00, Mantega anuncia o orçamento para 2013, no Ministério do Planejamento.

Presidente do BC, Alexandre Tombini, participa de simpósio promovido pelo Federal Reserve Bank de Kansas City em Jackson Hole, Wyoming, EUA, onde permanece até 1/set.

Empresas em destaque: Petrobras, PDG, Oi, LLX, OGX, Cruzeiro

Petrobras (PETR4 BZ) diz que produção total em julho foi 2,55 mi barris por dia em óleo e gás x 2,57 mi barris por dia em julho/11. Produção de petróleo no Brasil foi 1,94 mi de barris por dia x 1,97 mi em julho/11.

Estatal encontrou óleo no campo Cancã, Bacia do Espírito Santo; descoberta no poço 3BRSA1103ES ainda não declarada comercialmente viável.

Aliansce (ALSC3) aprovou emissão de R$ 100 milhões em debêntures para investidor qualificado com prazo de 5 anos.

Fleury (FLRY3 BZ) disse que Fabio Marchiori Gama deixou diretoria financeira e de RI; conselho elegerá novo diretor executivo de finanças “oportunamente”.


LLX (LLXL3 BZ) disse que Eike Batista entrou com pedido à CVM de OPA para fechamento de capital; Eike pediu 15 dias para apresentar laudo de avaliação.

Paulo Mendonça, que comandou a OGX até o início de produção, deixou o EBX Group, do empresário Eike Batista, segundo uma pessoa com conhecimento da decisão.

Oi (OIBR4 BZ) aprovou linha de crédito de US$ 265 milhões para equipamentos. Recursos serão usados para compra de equipamentos e serviços da Alcatel-Lucent.

Brookfield (BISA3 BZ) é rebaixada para venda pelo BTG Pactual; recomendação anterior era equivalente a manutenção.

Cruzeiro do Sul (CZRS3 BZ) prorrogou a 5/set. prazo da adesão antecipada a oferta de recompra de títulos com menor deságio.

Abril Educação (ABRE11 BZ) disse que não existe proposta ou acordo com Wise Up ou com qualquer alvo potencial.

PDG (PDGR3 BZ) informou que Vinci Partners subscreveu 60,73% dos bônus de subscrição. Todos os 199 mi bônus emitidos foram subscritos. Carlos Piani foi eleito diretor-presidente em substituição a José Grabowsky, que renunciou ao cargo.

Hypermarcas (HYPE3 BS) conseguiu levantar suas ações para o segundo melhor desempenho do ano após mudar sua estratégica para se concentrar em produtos farmacêuticos e consumo.

Fechamento de ontem: Bolsa destoa de NY com queda dos metais

Ibovespa recuou com efeito da queda dos metais nas ações da Vale, que teve a quinta baixa consecutiva. IBOV: -1,78%, para 57.369,19 pontos.

Juros: Taxas dos contratos tiveram queda em todos os vencimentos pelo segundo dia com aumento da probabilidade de corte adicional da Selic em outubro. DI Jan 2013: -5 pontos- base, para 7,21%. DI Jan 2014: -7 pontos-base, para 7,75%.

“Considerando os efeitos cumulativos e defasados das ações de política implementadas até o momento, que em parte se refletem na recuperação em curso da atividade econômica, o Copom entende que, se o cenário prospectivo vier a comportar um ajuste adicional nas condições monetárias, esse movimento deverá ser conduzido com máxima parcimônia”, disse ontem o Copom em comunicado após a decisão de cortar a Selic.

“O comunicado do BC está claro e é um pouco diferente do que se imaginava. O mercado de juros terá de se ajustar. O BC condicionou uma queda à situaçao da economia”, disse Luiz Eduardo Assis, sócio-fundador da Oykos Investimentos e ex- diretor de Política Monetária do BC.

“Apostar em 7% para a Selic ficou mais difícil porque ele fala em máxima parcimônia e condiciona novo corte à atividade”.


“Contrasta com a afirmação do Mantega, que disse hoje (ontem) que ainda é necessário estimular o consumo. Pelo comunicado do BC, não”.

“O BC tende a ser mais cauteloso, ja está preocupado com os efeitos defasados das medidas de estímulo. Provavelmente está também com receio da inflação por causa do choque de oferta com a seca dos EUA. Enfim, teremos Selic a 7,50% ou 7,25% no final do ciclo”.

Câmbio: Dólar registrou quinta alta consecutiva, maior sequência de avanços desde 12 de julho, com aversão ao risco no exterior e especulações sobre a rolagem do próximo vencimento de contratos de swap pelo Banco Central. Dólar: +0,35% para R$ 2,0499.

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