Bovespa: às 11h33, o Ibovespa tinha variação negativa de 0,5 por cento, a 54.158 pontos. O giro financeiro do pregão era de 1,38 bilhão de reais (Dado Galdieri/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 25 de setembro de 2013 às 12h14.
São Paulo - A Bovespa recuava no fim da manhã desta quarta-feira, derrubada por papéis do setor de telecomunicações, que devolviam parte da forte alta da véspera após um acordo da Telefónica para aumentar sua fatia na Telco, holding que controla a Telecom Italia, dona da TIM Participações.
Às 11h33, o Ibovespa tinha variação negativa de 0,5 por cento, a 54.158 pontos. O giro financeiro do pregão era de 1,38 bilhão de reais.
A ação preferencial da operadora de telefonia Oi e os papéis da TIM Participações eram alguns dos maiores pesos sobre o índice, depois de terem avançado, respectivamente, 5,1 e 9,59 por cento na terça-feira.
"Houve uma euforia demasiada ontem no setor, mas como foi uma alta baseada em especulações, o pessoal acaba realizando hoje", afirmou o gerente de renda variável Ariovaldo Santos, da H.Commcor.
Na véspera, a ação da TIM ganhou força em meio à animação de investidores diante da possibilidade de que a empresa seja vendida no Brasil. O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, afirmou que a TIM terá que ser vendida se a Telefónica, dona da Vivo , de fato assumir o controle da Telecom Italia, pois o grupo espanhol não poderá ter o controle de duas operadoras concorrentes no Brasil. Ele disse ainda que a alienação não poderá ser para outros grupos que já operam no país, caso de Oi , Claro e Nextel, além da Vivo. Além das operadoras de telecomunicações, ações de bancos e construtoras também pesavam sobre o Ibovespa, que acompanhava a trajetória de queda das bolsas nova-iorquinas, após ter avançado mais cedo na sessão.
"O mercado está de lado nesses dias, com pouco volume. o fluxo pode ir de uma ação para outra, mas não dá para saber se uma alta vai ser sustentada porque há preocupações afetando o cenário externo", afirmou o operador de renda variável Luiz Roberto Monteiro, da Renascença Corretora.
Além da incerteza sobre o futuro da política monetária norte-americana, começavam a ganhar força nas praças financeiras globais preocupações sobre os debates fiscais em Washington. O Senado norte-americano deve votar nesta terça-feira uma proposta para permitir que o governo continue funcionando além do final do ano fiscal, que termina em 30 de setembro, quando os orçamentos devem expirar. No entanto, alguns senadores apoiados pelo Tea Party tem ameaçado paralisar o projeto de lei para renovar o financiamento. Além disso, no próximo mês, Washington será palco das negociações para aumentar o teto da dívida dos Estados Unidos, a fim de evitar um default.