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Ações da YPF sobem com rumores de nacionalização

Um texto enviado pelo governo argentino detalha que a desapropriação da empresa pelo Estado

Os papéis subiram 9,17%, negociados a 125 pesos (Philippe Desmazes/AFP)

Os papéis subiram 9,17%, negociados a 125 pesos (Philippe Desmazes/AFP)

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Da Redação

Publicado em 12 de abril de 2012 às 17h01.

Buenos Aires - As ações da petrolífera argentina YPF disparam na Bolsa de Buenos Aires nos negócios desta quinta-feira, após três meses de queda forte em meio à revogação de várias concessões da companhia na Argentina. Às 16 horas, os papéis subiam 9,17% , negociados a 125 pesos, em meio às diferentes versões da imprensa local sobre um projeto de lei do Executivo que declararia 50,11% das ações da companhia de "utilidade pública e sujeitas a expropriação".

Segundo a agência local de notícias DyN e o site do jornal Clarín, a Casa Rosada já teria enviado o texto ao Congresso Nacional. Uma fonte credenciada da Câmara dos Deputados disse à Agência Estado, entretanto, que o texto não foi protocolado até o momento.

Deputados da oposição mostraram aos jornalistas credenciados na Câmara um projeto, supostamente do Executivo, mas que não está assinado nem impresso em papel timbrado. Segundo a DyN, o projeto - que contém 62 artigos - diz que "declara-se de utilidade pública e sujeitas a expropriação 50,11% das ações classe D da empresa". O texto detalha que a desapropriação pelo Estado será feita da seguinte maneira: 100.145.077 "pertencentes ao Grupo Pertersen Energia S.A. e suas sociedades" e 96.558.291 "ações pertencentes ou controladas por Repsol YPF S.A. de forma direta ou indireta.

No mercado, operadores explicaram que a precificação dos papéis indica que o controle que o governo poderá anunciar nesta quinta-feira sobre a empresa é mais "light" do que se esperava. "A expectativa era de uma nacionalização completa e sem compensações econômicas, mas as informações apontam para uma estatização parcial e com negociação com os privados, preservando seus direitos", explicou um operador à AE. Além disso, detalhou a fonte, o mercado já havia precificado o controle que o governo pretende assumir na YPF.

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