Mercados

Ações da OGX têm potencial para superar máximas, prevê Spinelli

Mercado reagiu de forma “exagerada” e papéis devem se recuperar gradualmente, estima analista

Desde que caíram 17,25% após a divulgação do relatório de recursos, as ações da OGX apenas recuperaram 4,85% das perdas (André Valentim/EXAME)

Desde que caíram 17,25% após a divulgação do relatório de recursos, as ações da OGX apenas recuperaram 4,85% das perdas (André Valentim/EXAME)

DR

Da Redação

Publicado em 20 de abril de 2011 às 15h19.

São Paulo – O mercado financeiro reagiu de forma “exagerada” diante do relatório da OGX (OGXP3), braço petrolífero do Grupo EBX, controlado pelo bilionário Eike Batista, que elevou as reservas da companhia de 6,8 bilhões para 10,8 bilhões de barris de óleo equivalente (boe). Agora as ações devem se recuperar gradualmente e ainda têm potencial para atingir máximas históricas.

A previsão é do analista Max Bueno da Spinelli Corretora. Em relatório publicado nesta quarta-feira (20), ele afirma que a divulgação do relatório da OGX não foi “nem o céu, nem o inferno”. Após a publicação do documento, as ações da companhia tombaram 17,25%, terminando a segunda-feira (18) cotadas a 16,26 reais.

Para Bueno, a reação do mercado foi “exagerada”, especialmente por conta do “enorme desencontro de expectativas relativas à conversão de recursos potenciais em contingentes e da confusão gerada pela criação de nova categoria de avaliação (recursos de delineação) e seus critérios e da baixa abertura relativa aos números do desenvolvimento da produção”.

Não bastasse a reação do mercado, o analista da Spinelli acredita ainda que a situação foi “exacerbada” pela revisão para baixo do preço-alvo e da recomendação da OGX por parte de algumas instituições financeiras, como Bank of America, Santander, BTG Pactual e Citigroup.

“Ressaltamos que não mudamos nossa opinião a respeito da empresa, enxergando no evento uma oportunidade para novos posicionamentos com horizontes de tempo mais dilatados”, estima o analista, que recomenda a compra das ações. O preço-alvo foi colocado em revisão.

Segundo ele, apesar da volatilidade esperada para as ações até a completa absorção da notícia, a ampliação do risco percebido na empresa se dissipará gradualmente, “fazendo com que as cotações retornem ou mesmo superem as antigas máximas atingidas”.

De acordo com as projeções do analista da Spinelli, isso ocorrerá após o “cumprimento das etapas adiantadas pela empresa (delimitação das descobertas, testes de formação/produção, declaração de comercialidade e início de produção)”.

Desde a queda brusca de 17,25% vista no início da semana, as ações ordinárias da OGX apenas se recuperaram 4,85%, levando em consideração o fechamento de ontem (19). Nesta quarta-feira, os papéis da companhia operavam com alta de 3,58% às 13h44 (horário de Brasília), cotados a 17,66 reais, o que diminui para 8,82% o percentual que a OGX ainda tem que se recuperar para retornar a cotação vista antes da divulgação do relatório.

Acompanhe tudo sobre:Análises fundamentalistasEmpresasGás e combustíveisIndústria do petróleoMercado financeiroOGpar (ex-OGX)Petróleo

Mais de Mercados

Ibovespa abre em queda pressionado por índices de NY e inflação no Brasil acima do esperado

IA transforma tarefas em Wall Street, mas profissionais ainda estão céticos

Stellantis tem queda de 48% no lucro líquido do 1º semestre

Balanço da Vale (VALE3), IPCA-15 e PIB dos EUA: o que move o mercado

Mais na Exame