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Ações da OGX caem após relatórios pessimistas

O Bank of America Merril Lynch rebaixou o preço-alvo dos papéis da empresa de R$ 5 para R$ 1

Funcionário da OGX em plataforma de exploração de petróleo: a ação da empresa encerrou as negociações desta terça-feira em baixa de 1,5% (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 12 de março de 2013 às 20h39.

São Paulo e Rio - Relatórios de bancos pessimistas sobre a OGX ao longo desta terça-feira revelaram a percepção do mercado de que a petroleira do empresário Eike Batista está no pior momento de sua história.

O documento mais contundente foi o do Bank of America Merril Lynch, que rebaixou de R$ 5 para R$ 1 o preço-alvo das ações da empresa. A resposta veio com a desvalorização de 1,5% no fechamento do pregão, após alcançar a mínima de 5,3% durante o dia.

O respiro veio apenas no fim da tarde, com o anúncio de que a empresa ganhou um prazo maior na concessão de, pelo menos, oito das 11 áreas cujo período exploratório terminou nesta terça-feira.

Para o BofA Merril Lynch, os riscos de financiamento da OGX permanecem altos, principalmente, diante do fluxo de caixa mais baixo da empresa. "Qualquer farm-out (venda de porcentual de um campo ou bloco) ou venda de ativo, provavelmente, será feito sob termos menos favoráveis", afirmaram os analistas Frank McGann e Conrado Vegner.

O Credit Suisse também rebaixou a recomendação da OGX e ressaltou as estimativas mais conservadoras para a produção de três poços. O Citi Research apostou em "uma grande queda na taxa de produtividade do terceiro poço". Enquanto o UBS argumentou que os riscos geológicos parecem maiores do que a companhia e o próprio banco previram.

A OGX detém concessão de exploração de 28 blocos no Brasil e cinco na Colômbia. A maioria das áreas brasileiras foi adquirida na única e impressionante participação de Eike Batista nos leilões promovidos pela ANP. Em 2007, ele foi a estrela da 9ª rodada ao arrematar, por R$ 1,4 bilhão, 21 blocos, num total de 6.437 quilômetros quadrados, nas bacias de Santos, Campos, Pará-Maranhão e Espírito Santo.

Na época, Eike disse ter pago "barato" pelas concessões. "Nós conseguimos 21 dos 23 blocos que pretendíamos comprar. Isso faz a OGX nascer grande" disse o empresário, na ocasião. Onze das 21 áreas tiveram prazo de exploração encerrado nesta terça-feira, seis anos depois, sem que a empresa tenha conseguido decretar a comercialidade.

Como a empresa tinha até o fim do dia para pedir a prorrogação do prazo, é possível que novas extensões de prazo ainda sejam divulgadas pela agência. Oficialmente, a petroleira afirma que não irá se pronunciar, porque está em período de silêncio por causa da proximidade da divulgação do resultado financeiro do quarto trimestre de 2012.

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São Paulo e Rio - Relatórios de bancos pessimistas sobre a OGX ao longo desta terça-feira revelaram a percepção do mercado de que a petroleira do empresário Eike Batista está no pior momento de sua história.

O documento mais contundente foi o do Bank of America Merril Lynch, que rebaixou de R$ 5 para R$ 1 o preço-alvo das ações da empresa. A resposta veio com a desvalorização de 1,5% no fechamento do pregão, após alcançar a mínima de 5,3% durante o dia.

O respiro veio apenas no fim da tarde, com o anúncio de que a empresa ganhou um prazo maior na concessão de, pelo menos, oito das 11 áreas cujo período exploratório terminou nesta terça-feira.

Para o BofA Merril Lynch, os riscos de financiamento da OGX permanecem altos, principalmente, diante do fluxo de caixa mais baixo da empresa. "Qualquer farm-out (venda de porcentual de um campo ou bloco) ou venda de ativo, provavelmente, será feito sob termos menos favoráveis", afirmaram os analistas Frank McGann e Conrado Vegner.

O Credit Suisse também rebaixou a recomendação da OGX e ressaltou as estimativas mais conservadoras para a produção de três poços. O Citi Research apostou em "uma grande queda na taxa de produtividade do terceiro poço". Enquanto o UBS argumentou que os riscos geológicos parecem maiores do que a companhia e o próprio banco previram.

A OGX detém concessão de exploração de 28 blocos no Brasil e cinco na Colômbia. A maioria das áreas brasileiras foi adquirida na única e impressionante participação de Eike Batista nos leilões promovidos pela ANP. Em 2007, ele foi a estrela da 9ª rodada ao arrematar, por R$ 1,4 bilhão, 21 blocos, num total de 6.437 quilômetros quadrados, nas bacias de Santos, Campos, Pará-Maranhão e Espírito Santo.

Na época, Eike disse ter pago "barato" pelas concessões. "Nós conseguimos 21 dos 23 blocos que pretendíamos comprar. Isso faz a OGX nascer grande" disse o empresário, na ocasião. Onze das 21 áreas tiveram prazo de exploração encerrado nesta terça-feira, seis anos depois, sem que a empresa tenha conseguido decretar a comercialidade.

Como a empresa tinha até o fim do dia para pedir a prorrogação do prazo, é possível que novas extensões de prazo ainda sejam divulgadas pela agência. Oficialmente, a petroleira afirma que não irá se pronunciar, porque está em período de silêncio por causa da proximidade da divulgação do resultado financeiro do quarto trimestre de 2012.

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