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Acionistas da Rossi votarão aumento de capital amanhã

Atualmente, a companhia possuiu 276,7 milhões de ações

O resultado se compara também aos 92,8 milhões de reais previstos por analistas (Divulgação)

O resultado se compara também aos 92,8 milhões de reais previstos por analistas (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 25 de setembro de 2012 às 22h06.

São Paulo - A Rossi Residencial realizará nesta quarta-feira (26) a assembleia geral extraordinária (AGE) em que seus acionistas votarão a proposta da administração de aumentar o limite do capital autorizado para até 500 milhões de ações ordinárias. Atualmente, a companhia possuiu 276,7 milhões de ações.

A reunião será às 10 horas, na sede da incorporadora na capital paulista. Se aprovada a proposta, a administração terá caminho livre para levar adiante a subscrição de um aumento de capital privado no valor de até R$ 500 milhões por meio da emissão de ações.

Anteriormente, em comunicado, a Rossi afirmou que vem mantendo tratativas com os acionistas controladores e potenciais investidores para realizar a injeção de recursos, que servirá para estruturar o capital da companhia.

O aporte irá ocorrer após a Rossi apresentar no balanço no segundo trimestre cancelamento de projetos recém-lançados e redução da meta de lançamentos para 2012. No período, a companhia também informou estouros de R$ 51 milhões no orçamento das obras, além de queima de caixa de R$ 273 milhões.

Esses fatores contribuíram para elevar a alavancagem (relação entre dívida líquida e patrimônio) para 83%. O processo de injeção de recursos será semelhante ao realizado pela PDG Realty e pela Brookfield Incorporações, que também estão tentando contornar dificuldades operacionais.

No mercado financeiro, a decisão da Rossi não animou analistas e investidores, que consideraram a medida "necessária". Analistas também observaram que a Rossi não informou quem ficará com eventuais sobras para garantir o aporte no montante de R$ 500 milhões caso os acionistas não façam a subscrição de todas as ações de que têm direito após a emissão.

Outra pendência diz respeito ao balanço do segundo trimestre, que foi publicado sem auditoria no dia 15 de agosto e até hoje não teve uma revisão. Procurada pela reportagem, a Rossi informou por meio de assessoria de imprensa que está em período de silêncio e divulgará mais informações sobre o assunto por meio de fato relevante.

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