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Ação da Cosan sobe mais de 4% após anunciar ingresso na mineração

Projeto envolve joint venture com controladora da Aura Minerals e compra de terminal portuário no Maranhão

Terminal da Cosan no Porto de Santos, em Santos | Foto: Andrew Harrer/Bloomberg (Andrew Harrer/Bloomberg)
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Guilherme Guilherme

Publicado em 24 de agosto de 2021 às 12h45.

Última atualização em 24 de agosto de 2021 às 19h52.

As ações da Cosan (CSAN3) chegaram a subir 4,39% na cotação máxima desta terça-feira, 24, após a empresa anunciar a entrada no segmento de mineração por meio de uma joint venture com o grupo controlador da Aura Minerals (AURA33). Parte do negócio envolve uma proposta de 720 milhões de reais pelo TUP Porto de São Luis, terminal portuário que será utilizado para escoar as cargas. No fechamento, a alta ficou em 1,63%.

A joint venture terá logística e mineração integrada. Além do porto, ela terá direito a explorar minérios em três projetos localizados no estado do Pará, "com potencial importante de minério de ferro", segundo fato relevante.

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O início da operação está previsto para 2025, com o primeiro projeto a ser explorado localizado próximo ao município paraense de Paraupebas, na região de Carajás, onde a Vale (VALE3) também atua.

Como CEO da joint venture foi chamado Juarez Saliba de Avelar, com passagens por Vale e CSN (CSNA3).

O projeto terá acesso à ferrovia de Carajás, que desemboca no Porto de São Luis. Para analistas do Itaú BBA, este deve ser um ponto importante da operação. "O terminal de São Luís tem alto valor estratégico devido ao seu acesso direto à Estrada de Ferro Carajás (EFC) - lembre-se que a logística é um componente essencial de um projeto de mineração", afirmam em relatório.

Embora veja a estruturação aparentemente bem montada, analistas da casa ainda veem muitas incertezas relacionadas à operação.

"Neste ponto, não está claro quanto mais a joint venture teria de investir para concluir o projeto, ou se o design original será mantido. Soma-se a isso as complexidades do projeto - incluindo o uso do solo, citadas em reportagem do Valor (clique aqui) como o motivo do atraso do projeto - que pode ou não ter sido resolvida. Um último ponto a ser considerado é a falta de detalhes sobre o projeto de mineração e os custos e retornos esperados associados às suas operações", diz o relatório.

Na Ativa, analistas viram potenciais sinergias na operação, mas também se mostraram "reticentes" quanto a entrada da companhia "em um setor emissor de carbono e de natureza extremamente cíclica".  Em fato relevante, a Cosan disse que a "exploração seguirá os mais altos padrões ambientais e de segurança".

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