Mercados

Ação da American Airlines faz pouso forçado na bolsa

Papéis chegam perto de zero após uma longa trajetória de desvalorização

Os papéis chegaram a US$ 0,22, uma queda de 86,4% em relação ao fechamento de ontem (Joe Raedle/Getty Images)

Os papéis chegaram a US$ 0,22, uma queda de 86,4% em relação ao fechamento de ontem (Joe Raedle/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 29 de novembro de 2011 às 14h17.

São Paulo – As ações da controladora da American Airlines (AMR) fazem um verdadeiro pouso forçado na bolsa de Nova York nesta terça-feira. A empresa entrou com um pedido de proteção judicial (chapter 11) na corte dos Estados Unidos para evitar uma falência e a venda forçada dos seus ativos para pagar os credores.

A reação do mercado foi imediata. Os papéis chegaram ao preço de 22 centavos de dólar, uma queda de 86,4% em relação ao fechamento de segunda-feira (1,62 dólar). A expressiva desvalorização é apenas mais um capítulo da trajetória descendente da empresa no mercado de ações americano.

No final do ano passado, cada papel valia 7,79 dólares. Ou seja, a queda acumulada em 2011 chega a impressionantes 95%. A empresa tem aproximadamente 4,1 bilhões de dólares em dinheiro que são mais que suficientes para assegurar o pagamento aos vendedores, fornecedores e outros parceiros durante o período de proteção judicial.

“O processo de reorganização conforme o Capítulo 11 da Lei de Falências nos Estados Unidos garante à companhia suas operações de negócios normais enquanto a mesma estabelece um custo competitivo e instaura uma estrutura para os seus débitos”, disse a empresa em uma nota.

Desempenho das ações em um ano:


A empresa, que opera por meio da American Airlines, American Eagle e a America Conncection em 50 países com 3.400 voos diários, disse que o anúncio não tem impacto jurídico em nenhuma operação fora dos Estados Unidos e que o programa de fidelidade, AAdvantage, não será afetado.

Reestruturação

A companhia aérea nomeou um novo chairman e CEO para comandar a empresa. Thomas W. Horton itá substituir Gerard Arpey que renunciou ao cargo na segunda-feira.

“O processo iniciado hoje irá sem dúvida exigir mudanças de grande escopo e às vezes difícil, mas isso representa uma oportunidade de reconstruir a American de uma maneira que assegure a sua habilidade de competir em um mundo desafiador”, disse Arpey.

“Estou seguro de que a American irá emergir ainda mais forte como líder global conhecida por sua excelência e inovação, uma parceira de viagens requisitada e uma companhia aérea que presta serviços a comunidades no mundo todo”, ressaltou Horton.

Veja a íntegra do comunicado a American Airlines em português:

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