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A visão de quem opera os juros futuros na BM&F

Exame.com conversou com três profissionais sobre como é operar com taxas baixas e surpresas políticas

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 11 de maio de 2012 às 06h00.

http://d1nfmblh2wz0fd.cloudfront.net/items/loaders/loader_1063.js?aoi=1311798366&pid=1063&zoneid=14729&cid=&rid=&ccid=&ip=São Paulo – Na segunda-feira, dia 7 de maio, a confusa eleição parlamentar na Grécia refletiu em todo o mercado financeiro e derrubou os contratos de juros DI aqui no Brasil, que também sofreram com a aposta de uma Selic mais baixa. Dois dias depois, foi a inflação que regeu as taxas dos contratos e, com a divulgação de um IPCA mais alto que o previsto, os juros DI voltaram a subir. E tudo isso em um ambiente livre para a queda da Selic, principalmente após o governo ter revisado a remuneração da poupança.

Só em abril, foram negociados na BM&FBovespa 32.150.624 contratos de juros futuros, um pouco abaixo dos 33.955.764 negociados em março. Boa parte deles passam pelas mãos dos operadores na mesa de corretagem, que têm de lidar com sinais distintos e volatilidade.

Exame.com conversou com três operadores de diferentes corretoras paulistas. Os três preferiram não se identificar, mas cada um deu sua visão do desafio de operar no atual cenário.

Falta de previsibilidade

O primeiro operador disse que o cenário de volatilidade não é como no mercado de ações, que abre oportunidades para quem gosta de especular, por exemplo. “Um cenário não muito claro dificulta as operações”, disse.

O profissional lembrou que alguma coisa ainda é possível prever, como a recuperação que aconteceu após o anúncio de índices de preços. “Antes os juros haviam caído muito, então um pouco de correção seria normal”, afirmou.

Essa pessoa disse que já operou em cenários tão voláteis quanto o atual. “Mas nunca com taxas tão baixas”, disse.


BC falador
“O estilo de comunicação de [Alexandre] Tombini é horrível”, resumiu o segundo operador que conversou com Exame.com ao opinar sobre o presidente do Banco Central.

Segundo esse operador, Tombini sinaliza “cada hora uma coisa diferente”. “Fica difícil entender o que está realmente acontecendo”, disse.

Para esse operador, trabalhar nesse cenário está mais difícil, pois menos pessoas buscam montar posições com um cenário incerto. “Tenho desfeito muitas posições, isso sim”, diz.

Inflação boa

Pelo menos para operar juros, a inflação é uma coisa boa. “Com o IGP-DI e IPCA, os juros pararam de cair e o volume de operações aumentou nos últimos dias”, disse o terceiro operador.

Ele também afirma que não está surpreso com a volatilidade, mas que também nunca operou com taxas tão baixas.

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