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À espera do ISM, bolsas de NY devem abrir em queda

Depois da melhora nos indicadores de serviços da China e da Europa, o foco desta manhã de agenda fraca em Wall Street é o anúncio dos números do setor nos Estados Unidos


	Bolsa de Nova York: às 10h15 (de Brasília), o Dow Jones futuro perdia 0,10%, o Nasdaq recuava 0,02% e o S&P 500 tinha queda de 0,15%
 (.REUTERS/Lucas Jackson)

Bolsa de Nova York: às 10h15 (de Brasília), o Dow Jones futuro perdia 0,10%, o Nasdaq recuava 0,02% e o S&P 500 tinha queda de 0,15% (.REUTERS/Lucas Jackson)

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Da Redação

Publicado em 5 de agosto de 2013 às 11h13.

Nova York - As bolsas norte-americanas devem iniciar o pregão desta segunda-feira, 5, em baixa, de acordo com os índices futuros. Depois da melhora nos indicadores de serviços da China e da Europa, o foco desta manhã de agenda fraca em Wall Street é o anúncio dos números do setor nos Estados Unidos.

Às 10h15 (de Brasília), o Dow Jones futuro perdia 0,10%, o Nasdaq recuava 0,02% e o S&P 500 tinha queda de 0,15%.

Assim como o restante da semana, a segunda-feira tem uma agenda menos intensa de indicadores econômicos do que na semana passada. A balança comercial, na terça-feira, 6, e os volumes do crédito ao consumo, na quarta-feira, 7, estão entre os dados que serão divulgados nos próximos dias.

Nesta segunda-feira, 5, o destaque é o índice de atividade do setor de serviços dos EUA medido pelo Instituto para Gestão de Oferta (ISM, na sigla em inglês). A expectativa dos economistas do Deutsche Bank é de alta para 54, de 52,2 em junho.

Na China, o índice PMI oficial do setor não manufatureiro subiu em julho depois de três meses de queda, embora o indicador do mesmo setor medido pelo HSBC tenha ficado estável no mês.

Na zona do euro, o PMI de serviços aumentou mais que o esperado, para 49,8. Apesar de ainda continuar abaixo de 50 pontos, o que indica que o setor ainda apresenta contração, o PMI se aproximou de superar o patamar. No Reino Unido, o PMI de serviços subiu para 60,2 em julho, o nível mais alto desde dezembro de 2006.

O economista do Deutsche Bank para os Estados Unidos, Brett Ryan, destaca que um dos setores que levaram a criação de vagas em julho a ficar abaixo do esperado foi o de serviços, que criou menos postos de trabalho do que o projetado. Por isso, será interessante ver o que revela o indicador, sobretudo o subíndice de emprego.


O relatório mensal de emprego (payroll) mostrou a criação de 162 mil vagas no mês passado, abaixo das 183 mil esperadas. No caso do setor de serviços, foram criadas 157 mil vagas em julho, abaixo da média que o setor vem criando nos seis primeiros meses de 2013, que é de 182 mil postos, de acordo com cálculos de Ryan.

Na busca por pistas sobre o futuro da política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), principalmente após o relatório de emprego e o comunicado sem pistas da reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), alguns dirigentes do Fed serão observados nesta semana.

O pronunciamento mais esperado está marcado para amanhã, do presidente do Fed de Chicago, Charles Evans, que tem direito a voto nas reuniões do Fomc e dará entrevista à imprensa.

Hoje quem fala é o presidente do Fed de Dalas, Richard Fisher. Ele não tem poder de voto no Fomc, mas deve atrair atenção de Wall Street, sobretudo porque há mais de um mês ele não fala em público.

Na última vez que se pronunciou, no dia 24 de junho, Fisher disse que é apropriado reduzir o ritmo das compras de bônus, desde que as previsões econômicas se concretizem. Em sua visão, a injeção de dinheiro todo mês na economia é um combustível para a inflação. A apresentação de Fisher terá como tema a economia norte-americana e começa às 12h45 (de Brasília).

No mundo corporativo, o dia tem poucos balanços trimestrais e um dos destaques da manhã é uma notícia do setor farmacêutico. As ações do laboratório Compungen subiam 58% no pré-mercado após a empresa informar que se juntou à alemã Bayer para fazer pesquisa, desenvolvimento e comercialização de um novo medicamento para o tratamento do câncer baseado em anticorpos.

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