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Kilima explica as estratégias de seus novos fundos imobiliários

Gestor Eduardo Levy contou sobre os lançamentos da gestora em sua participação no programa FIIs em EXAME

Kilima deve lançar um fundo que investe em CRIs de construtoras de médio porte e busca oportunidades em shoppings e varejo (Germano Lüders/Exame)

Kilima deve lançar um fundo que investe em CRIs de construtoras de médio porte e busca oportunidades em shoppings e varejo (Germano Lüders/Exame)

Marília Almeida

Marília Almeida

Publicado em 4 de março de 2022 às 19h52.

Última atualização em 4 de março de 2022 às 20h05.

Com um fundo de fundos já na carteira, a gestora Kilima pretende reforçar, em breve, seu portfólio de fundos imobiliários. É o que contou o gestor Eduardo Levy em sua participação no programa FIIs em EXAME. O programa vai ao ar às sextas-feiras, às 15h, no canal da EXAME Invest no YouTube.

O primeiro lançamento deve ser o de um fundo que investe em CRIs high yield. O objetivo é oferecer valor em diversos cenários, conta o gestor. "No cenário atual, grande parte da carteira é indexada à inflação, que continua elevada. Além da correção pelo IPCA, oferecemos prêmio de 9,5%. Mas mesmo em um cenário mais estável o retorno continuará interessante".

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O diferencial do fundo, conta Levy, são emissões exclusivas de construtoras de médio porte, que antes dependiam do financiamento bancário e começam agora a buscar o mercado de capitais. Apesar de reconhecer que as operações são mais arriscadas, o gestor aponta que prioriza governança e a estrutura de garantias, de forma que sejam executáveis.

"Pretendemos oferecer CDI mais um prêmio entre 5% e 7%. É quase o dobro do que oferece um título público comparável. À medida que o fundo for crescendo iremos pulverizar a carteira e fazer com que cada emissor tenha um peso menor no fundo. Algumas operações terão seguro para que a obra seja entregue em caso de inadimplência, que é o maior risco das operações".

É de esperar que a rentabilidade dos fundos de CRIs caia quando inflação começar a arrefecer. Mas o investidor não deixa de acumular riqueza, ressalta o gestor. "Em qualquer cenário o fundo oferece ganho acima da inflação".

Fundos de tijolo

A gestora também busca oportunidades em fundos de tijolo nos segmentos de shoppings centers e varejo. "Acreditamos que, nos próximos três a cinco anos, a cadeia de renda urbana, que reúne desde centro operacional dentro do perímetro urbano até loja e entrega para o consumidor, tende a oferecer retornos elevados aos investidores".

Levy acredita que a distribuição de dividendos dos fundos de tijolo é menor que a de fundos de papel. Contudo, a capacidade desses fundos ganharem capital nos próximos anos é maior.

Cenário para 2022

Os fundos imobiliários vêm registrando desempenho negativo ante uma escalada da taxa básica de juro no país. Mas Levy aponta que o investidor deve lembrar que o cenário é pontual.

"O ano de 2022 será de juros reais altos. Diante de um cenário geopolítico complicado, mesmo com a valorização do real a forte alta do preço do petróleo tem efeito sobre a inflação. Por isso acredito que o BC deva subir juros acima de 12% e manter o nível até quando a inflação começar a ceder".

Mas a previsão é de que esse cenário mude a partir de 2023, e os juros fiquem em níveis próximos a 8%. "Para a carteira render mais do que o CDI o investidor precisará aplicar em ativos de maior risco e ter uma carteira diversificada. E os fundos imobiliários continuarão sendo uma opção".

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