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Qual é o futuro dos investimentos ESG

Hoje, o papel das empresas na sociedade é mais amplo, e para a especialista de ESG da EXAME Research, a análise baseada nos princípios vem ganhando espaço

 (Natnan Srisuwan/Getty Images)

(Natnan Srisuwan/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 8 de outubro de 2020 às 14h00.

Última atualização em 8 de outubro de 2020 às 17h23.

ESG é a sigla em inglês para ambiental, social e governança. Utilizar parâmetros ESG ao analisar uma empresa significa ver como a companhia está se comportando nestes três aspectos. Hoje, o papel das empresas na sociedade é mais amplo do que no passado, e por isso a análise ESG vem ganhando espaço, complementando a financeira.

Algumas perguntas passam a ser comuns antes de investir em um negócio: essa empresa respeita o meio ambiente? Qual impacto ambiental que ela causa e como busca reduzi-los? Essa empresa tem um bom relacionamento com seus stakeholders (funcionários, fornecedores, sociedade, acionistas)?

No passado, o papel da empresa era dar lucro. Com o passar dos anos, a sociedade entendeu que as empresas também deveriam expandir seus papéis: a companhia tem de se importar com a sociedade na qual está inserida e buscar desenvolver um sólido relacionamento com todos os indivíduos e organizações que de alguma forma são impactados por ela.

Nesse cenário, o mercado está cada vez mais incorporando aspectos ambientais, sociais e de governança em suas análises, e esses parâmetros complementam os financeiros. O uso de parâmetros ESG nos dá uma visão muito mais ampla das empresas: mostra desde o relacionamento das empresas com seus stakeholders, até como macrotendências (por exemplo, urbanização e uso de energia renovável) impactam setores e empresas. Mas tudo isso também está ligado à gestão, porque o ESG também evidencia a capacidade das empresas de atrair e reter talentos e de incentivar a inovação.

Com as mudanças e as demandas sociais, as análises de investimentos feitas com base nos princípios de ambiental, social e governança ganharam força e relevância. Cada vez mais são pensadas formas e estratégias para o mercado financeiro que considerem estes aspectos. Para a analista de ESG da EXAME Research, Renata Faber, o modelo de investimento é promissor.

“Esse segmento vai continuar crescendo e ganhando mais representatividade. Os millennials e a geração Z são muito preocupados com o impacto ambiental e social que causamos na sociedade. E, do mesmo jeito que essas gerações pensam no impacto na hora de consumir, também querem investir em empresas que geram impacto positivo. Além disso, vários estudos mostram que ESG é uma ferramenta eficiente de mensuração de risco, e empresas com alto padrão ESG são mais resilientes. Logo, acreditamos que essa forma de olhar os investimentos veio para ficar”, explica a especialista de Research.

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