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Ibovespa é derrubado por variante delta; dólar dispara mais de 2%

Bolsas globais despencaram com riscos renovados à recuperação global; Lojas Americanas caem 9%

Painel de cotações da B3 (Germano Lüders/Exame)

Painel de cotações da B3 (Germano Lüders/Exame)

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Guilherme Guilherme

Publicado em 19 de julho de 2021 às 10h28.

Última atualização em 19 de julho de 2021 às 20h21.

O Ibovespa iniciou a semana em queda em meio à aversão global ao risco motivada por preocupações sobre a disseminação da variante delta do coronavírus e suas potenciais complicações econômicas. Ao final do pregão desta segunda-feira, 19, o principal índice da B3 caiu 1,24%, aos 124.394 pontos.

As quedas foram ainda mais acentuadas no mercado internacional. Nos Estados Unidos, o índice Dow Jones recuou 2,09%, o S&P 500 teve queda de 1,59% e o Nasdaq caiu 1,06%. Na Europa, o Stoxx 600 fechou em queda de 2,3%, com a bolsa de Milão chegando a despencar 3,34%. Os índices DAX, da Alemanha, e o FTSE 100, do Reino Unido, caíram mais de 2%.

Com investidores buscando refúgio em ativos defensivos, o dólar subiu contra todas as principais moedas emergentes. No Brasil, a moeda americana avançou 2,64% e é negociada a 5,251 reais. A demanda também segue elevada pelos títulos do Tesouro americano, considerados os mais seguros do mundo. 

Na bolsa, ações ligadas à reabertura econômica, como as relacionadas ao turismo, com CVC (CVCB3), GOL (GOLL4) e Azul (AZUL4) em queda superior a 3%. 

Entre os papéis com maior presença no índice, os da Petrobras (PETR3/PETR4) puxaram o movimento de baixa, caindo 1,18% e 1,65%, tendo no radar a queda de mais de 6% do petróleo Brent, referência para a política de preços da estatal.

A forte desvalorização da commodity foi impulsionada pelo acordo entre membros da Opep para o aumento de produção e por preocupações sobre o nível da demanda, com o possível aumento de restrições em função da variante delta. Acompanhando a queda do petróleo, a PetroRio (PRIO3) despencou 3,45% e figurou entre as maiores quedas do dia.

As ações da Vale (VALE3) e dos grandes bancos também encerraram negociadas em queda, aumentando a pressão negativa sobre o Ibovespa.

Na lanterna do índice, estiveram as ações da B2W. Após disparar mais de 4% e liderar as altas do último pregão com o ticker BTOW3, as ações da companhia recuaram 8,94% em seu primeiro pregão sob o ticker AMER3

A mudança de código é mais um passo no processo de fusão com as Lojas Americanas, que segue sendo negociada com os códigos LAME3 e LAME4. O papel LAME4, a propósito, caiu 8,78%, após também ter tido forte alta na sexta-feira, 16.

Fora do Ibovespa, Tegma (TGMA3) e JSL (JSLG3) tiveram respectivas quedas de 6% e 2,16%, após a proposta de fusão entre as duas empresas ter sido rejeitada. De acordo com o conselho administrativo da Tegma, a oferta da JSL "não reflete o valor econômico-financeiro intrínseco" da companhia.

Embora a proposta de fusão tenha sido comemorada por acionistas de ambas as empresas, os termos colocados na mesa eram mais favoráveis à JSL, segundo Bruno Lima, analista-chefe de ações do BTG Pactual Digital

Entre as 84 ações do índice, apenas nove papéis encerraram no positivo. O destaque ficou com a Rumo (RAIL3), que subiu 2%, seguida por Locaweb (LWSA3), que avançou 1,39%, seguida por e Banco Inter (BIDI11), que teve alta de 0,86%.

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