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Ibovespa a 132 mil pontos: o cenário do BTG Pactual para 2022

Analistas da equipe de Research do banco apontam que o P/L atual ex-Petrobras e Vale está mais de um desvio-padrão abaixo da média histórica

Painel de cotações da B3, em São Paulo: Ibovespa pode retomar os 132 mil pontos em 2022, aponta relatório do BTG Pactual | Foto: Germano Lüders/EXAME (Germano Lüders/Exame)

Painel de cotações da B3, em São Paulo: Ibovespa pode retomar os 132 mil pontos em 2022, aponta relatório do BTG Pactual | Foto: Germano Lüders/EXAME (Germano Lüders/Exame)

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Da Redação

Publicado em 20 de dezembro de 2021 às 08h37.

Última atualização em 20 de dezembro de 2021 às 08h53.

Não faltam incertezas no horizonte para o investidor brasileiro fazer a sua tomada de decisão e os ajustes de alocação de sua carteira antes do próximo ano. Mas também há fatores que podem conspirar para que 2022 se torne uma oportunidade de ganhos de médio prazo, em particular na bolsa brasileira.

Para o time de analistas do BTG Pactual (BPAC11), em um cenário base "que pode parecer otimista em relação à situação atual, mas viável se o Brasil voltar aos trilhos", o Ibovespa teria que estar em 132.000 pontos ao fim de 2022, usando as estimativas do banco para o lucro das empresas no próximo ano. Isso significaria um potencial de valorização da ordem de 23% em relação ao fechamento (107.2000 pontos) da última sexta-feira, dia 17.

A análise sobre as perspectivas para o investimento no próximo ano faz parte do relatório "Estratégia Brasil 2022", recém-distribuído para clientes. Ele é assinado por Carlos Sequeira, CFA, Osni Carfi e Bruno Lima.

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O cenário base leva em conta como premissas um múltiplo P/L (preço da ação dividido pelo lucro por ação) de 12,7x do Ibovespa em 12 meses, em linha com seu valuation histórico (excluindo na conta Petrobras e Vale); e, no cenário macro, uma inflação de 3,5% com o Banco Central atingindo seus objetivos, com taxas de juros reais de longo prazo de volta a 4%, patamar em que estavam há alguns meses, além de um crescimento real de longo prazo do PIB de 2%.

Segundo eles, em termos de valuation, "o Ibovespa ex-Petrobras e Vale parece atraente a um P/L de 10,3x 2022E [estimativas], mais de um desvio padrão abaixo de sua média histórica de 12,7x".

"Talvez mais interessante, o prêmio para manter ações, medido como o inverso do P/L menos as taxas de juros reais de 10 anos, aumentou para 4,6%, mais de um desvio padrão acima da média e um dos níveis mais altos do passado recente", destacam Sequeira, Carfi e Lima no relatório do BTG Pactual.

Diante desse quadro, eles apontam que, a despeito da expectativa de volatilidade no mercado em 2022, há espaço para um bom desempenho das ações brasileiras dado o nível de valuation. E revelam quais os setores que preferem para fazer a alocação, como os que tendem a ter um desempenho melhor em um ambiente macro de inflação e juros mais altos.

Um desses setores é o de bancos, para o qual a projeção é a de um crescimento nominal de 11% nos lucros no próximo ano.

Os analistas da equipe de Research do BTG Pactual, o maior banco de investimentos da América Latina, apontam que, "embora a recuperação econômica tenha sido mais lenta do que inicialmente esperado, ainda estimamos que os lucros de 2022 (ex-Petrobras e Vale) sejam estáveis em relação a 2021". Com as duas gigantes, que em geral são excluídas das análises para evitar que os seus números gerem distorções no grupo, os lucros devem cair 6,3% no ano a ano.

No relatório, os analistas também avaliam as perspectivas da bolsa brasileira por setores e por empresas.

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