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Maconha: mercado legal de cannabis é promissor? Analista do BTG comenta

Cada vez mais visto como uma boa estratégia para investimentos, o mercado global de cannabis faturou US$ 21,3 bilhões em vendas no ano passado, de acordo dados da BDSA

Maconha: avanços regulatórios em diversos países têm atraído atenção dos investidores para empresas ligadas a cannabis (Aleksandr_Kravtsov/Getty Images)
JP

Juliano Passaro

Publicado em 5 de novembro de 2021 às 13h18.

Última atualização em 5 de novembro de 2021 às 14h29.

A indústria legal de cannabis (gênero de planta originária da Ásia e conhecida no mundo inteiro por ser utilizada para fins medicinais e recreativos) tem crescido muito nos últimos anos. A cannabis, mais especificamente a Cannabis Sativa, é conhecida por ser "a planta da maconha " e, por isso, quando o assunto envolve essa planta, ele ainda é encarado como tabu em países como o Brasil, onde seu uso recreativo é proibido.

Ainda assim, com o avanço dos estudos e da tecnologia para o desenvolvimento de pesquisas e medicamentos, a cannabis foi ganhando espaço no mercado nos últimos anos. Atualmente, é possível investir e fazer o seu dinheiro rentabilizar com investimentos em fundos e ETFs ligados ao setor (no Brasil). Lá fora, existem ações de empresas relacionadas ao universo das cannabis, o que permite o investimento de forma mais direta na erva medicinal.

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De acordo com Gabriel Casonato, especialista CNPI do BTG Pactual, diversificar os investimentos e aportar em ativos relacionados a cannabis pode potencializar os rendimentos e evitar perda de patrimônio em situações adversas, como crises políticas ou econômicas.

“Uma boa maneira de começar é comprar não uma ação específica, mas sim um ETF (sigla para Exchange Traded Found, conhecido no Brasil como fundo de índice)”, diz Casonato. Devido ao fato de ser um mercado ainda novo, é importante que o investidor sempre diversifique ao máximo os seus investimentos. Isso porque a maioria das empresas listadas se encontram em fases iniciais de seus planos de negócios, o que torna ainda mais difícil as análises financeiras para o setor.

Cannabis: um mercado em ascensão

O mercado que tem puxado os lucros de empresas ligadas a cannabis é o da América do Norte. Nos Estados Unidos, existem diversas pesquisas relacionadas à planta para uso medicinal. Além disso, a legalização está em curso em alguns estados do país, que já possui comercialização e uso recreativo da cannabis em 15 estados. Para uso medicinal, 35 estados americanos já legalizaram a droga.

De acordo com um levantamento recente da Leafly, a cannabis já é o quinto maior cultivo dos EUA em valor de mercado. Em 2020, ela ultrapassou o cultivo de algodão, arroz e amendoim, gerando 6,2 bilhões de dólares em receitas. Com isso, o cultivo legal de cannabis ficou atrás apenas do milho, da soja, do feno e do trigo.

Segundo a consultoria especializada BDSA, o mercado global de cannabis legal atingiu um patamar de vendas de 21,3 bilhões de dólares em 2020, resultando em uma alta de 48% em relação a 2019. A BDSA estima uma valorização de cerca de 17% ao ano nos próximos cinco anos para o setor de cannabis. No total, isso elevaria o faturamento para 55,9 bilhões de dólares em 2026.

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