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A importância da macroeconomia para os seus investimentos

O mercado reflete os lucros das companhias, que estão diretamente ligados à performance da economia

Sede do Ministério da Economia, em Brasília: decisões de política fiscal passam pela pasta | Foto: Adriano Machado/Reuters (Adriano Machado/Reuters)

Sede do Ministério da Economia, em Brasília: decisões de política fiscal passam pela pasta | Foto: Adriano Machado/Reuters (Adriano Machado/Reuters)

Jerson Zanlorenzi*

Jerson Zanlorenzi*

Publicado em 16 de julho de 2021 às 12h00.

Quando falamos de investimento é impossível não fazer um grande link com a economia, afinal de contas, o mercado reflete os lucros das companhias, que estão diretamente ligados à performance da economia.

Os economistas geralmente medem a renda ou a produção nacional por meio do Produto Interno Bruto (PIB). Ao medir o PIB, os economistas podem entender as oscilações e as mudanças do mercado.

Eles podem identificar quais medidas tomar para potencializar o PIB do país. Com avanços tecnológicos, aumento de capital e aquisição de equipamentos de última geração, as unidades e as organizações de produção podem aumentar a produção e a receita nacional. No entanto o desempenho da atividade econômica pode ser afetado por recessões e outros fatores de mercado.

Alguns fatores importantes para monitorarmos em nossos investimentos:

Desemprego: Além do PIB, outro componente importante da macroeconomia é o desemprego. Os economistas medem a taxa de desemprego calculando a porcentagem de indivíduos sem empregos e as categorias incluem o desemprego clássico, o desemprego friccional e o desemprego estrutural.

Inflação e deflação: Inflação é um aumento nos preços de bens e serviços em todo o país. E o termo deflação se refere a uma queda nos preços de bens e serviços. Os economistas medem a inflação e a deflação estudando os índices de preços -- média ponderada do preço de uma classe de produtos e serviços.

A inflação ocorre quando uma economia cresce muito rapidamente. A deflação, por outro lado, ocorre quando uma economia declina ao longo de um período. Ao estudar as tendências de inflação e deflação, os economistas podem ajudar a conter as taxas de inflação tomando as medidas adequadas. Excesso de inflação pode levar a consequências negativas, e a deflação contínua pode causar baixa da produção econômica.

Política monetária: Está sob o controle da autoridade monetária de um país, que geralmente é o banco central ou o conselho monetário. A política monetária é geralmente implementada pelo banco central para estabilizar os preços e aumentar a força da moeda de um país.

Também visa reduzir as taxas de desemprego e estabilizar o PIB, além de controlar a oferta de dinheiro em uma economia. Por exemplo, o banco central de um país pode injetar dinheiro em uma economia emitindo dinheiro para comprar títulos e outros ativos. Por outro lado, o banco central de um país pode vender títulos e tirar dinheiro de circulação.

(Reprodução/Reprodução)

Política fiscal: É um processo que faz uso da geração de receitas e despesas do governo como ferramentas para controlar ganhos inesperados econômicos. O governo usa a política fiscal para estabilizar a economia durante um ciclo de negócios. Por exemplo, se a produção em uma economia não corresponder ao necessário, o governo pode gastar em recursos ociosos e ajudar a aumentar a produção.

Normalmente, os economistas preferem a política monetária à fiscal. Isso ocorre porque a política monetária está sob o controle do banco central de um país, que é uma organização independente. A política fiscal está sob o controle do governo, que pode ser afetado por intenções políticas.

*Jerson Zanlorenzi é o responsável pela mesa de ações e derivativos do BTG Pactual Digital. Já foi estrategista de ações e trabalhou em fundos exclusivos. Com mais de dez anos de experiência no mercado financeiro, se especializou em renda variável e atuou em mesas relevantes no mercado local. Possui dupla graduação em Administração e Ciências Contábeis pelo IBMEC-RJ.

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