Inteligência Artificial

Startup de chips Groq será parceira da Aramco para construir o maior centro de IA da Arábia Saudita

O projeto, que terá até 200 mil unidades de processamento, mira empresas de IA no Oriente Médio, África e Índia e deve custar acima de US$ 100 milhões

André Lopes
André Lopes

Repórter

Publicado em 16 de setembro de 2024 às 13h35.

Última atualização em 16 de setembro de 2024 às 13h49.

A startup de inteligência artificial Groq, sediada na Califórnia, anunciou uma parceria estratégica com a produtora de petróleo Aramco para a construção de um gigantesco centro de dados na Arábia Saudita, visando transformar o país em um polo de empresas que operam sistemas de IA em regiões como o Oriente Médio, África e Índia. O novo centro será inicialmente equipado com 19 mil unidades de processamento de linguagem , mas poderá ser ampliado para abrigar até 200 mil unidades de processamento , segundo o CEO da Groq, Jonathan Ross.

A Aramco, através de sua nova unidade digital, Aramco Digital, fornecerá os recursos financeiros necessários, com o investimento estimado na ordem de US$ 100 milhões. O centro, que promete ser o maior do mundo focado em AI inferencing, estará operacional até o fim deste ano, e busca não só atender à demanda por IA da Aramco, mas também de outras empresas na região.

Jonathan Ross: CEO da Groq, de chips para IA

A Groq planeja aproveitar vantagens estratégicas, como o baixo custo de energia, disponibilidade de terras e a proximidade com cerca de 4 bilhões de pessoas em um raio de latência de 100 milissegundos , para impulsionar a eficiência e atrair mais empresas para o local. Além disso, a Arábia Saudita tem como objetivo diversificar sua economia, hoje fortemente dependente do petróleo , apostando em indústrias tecnológicas emergentes como a IA.

Apesar de a Arábia Saudita enfrentar restrições dos Estados Unidos na exportação dos chips mais avançados da Nvidia, a Groq não prevê obstáculos semelhantes. Ross afirmou que a empresa manteve um diálogo aberto com o Departamento de Comércio dos EUA e optou voluntariamente por não comercializar com empresas chinesas, evitando complicações geopolíticas.

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