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OpenAI lança o modelo generativo de IA o1, focado em análise e raciocínio avançado

Novo sistema pode solucionar problemas matemáticos complexos e desafios de programação, mas ainda tem limitações, como o alto custo e restrições de uso

(Anadolu Agency/Getty Images)
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 12 de setembro de 2024 às 16h01.

A OpenAI apresentou nesta quinta-feira, 12, seu novo modelo de inteligência artificial, o o1, que promete avanços significativos em tarefas que envolvem raciocínio complexo. Na verdade, o o1 é uma coleção de modelos, sendo dois deles já disponíveis: o1-preview e o1-mini, voltado para geração de código. Para acessá-los, é necessário estar inscrito no ChatGPT Plus ou Team, enquanto usuários empresariais e educacionais terão acesso na próxima semana.

Diferente do ChatGPT, o o1 ainda não pode navegar na web ou analisar arquivos. A versão atual do modelo oferece uma experiência limitada, com análises de imagens temporariamente desativadas para ajustes. Além disso, seu uso é restrito, com limites semanais de 30 mensagens para o o1-preview e 50 para o o1-mini.

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O modelo também traz um custo elevado para desenvolvedores: o o1-preview custa US$ 15 por 1 milhão de tokens de entrada (três vezes mais caro que o GPT-4o ) e US$ 60 por 1 milhão de tokens de saída (quatro vezes o custo do GPT-4o ).

OpenAI afirma que o o1 se destaca ao resolver desafios matemáticos e de programação, com a capacidade de "pensar" antes de responder a consultas. O modelosintetiza os resultados de várias subtarefas, o que o torna eficaz para atividades como detectar e-mails privilegiados em uma caixa de entrada jurídica ou desenvolver estratégias de marketing.

Desempenho aprimorado em tarefas complexas

O o1 foi treinado com reinforcement learning, que o ensina a "pensar" antes de responder, utilizando uma cadeia de pensamento privada. Segundo Noam Brown, cientista da OpenAI, isso se deve a um novo algoritmo de otimização e um conjunto de dados de "raciocínio", contendo literatura científica ajustada para os modelos.

Embora ainda não tenha sido testado amplamente,o modelo apresentou avanços promissores. Em um exame qualificatório da Olimpíada Internacional de Matemática, o o1 solucionou corretamente 83% dos problemas, enquanto o GPT-4o conseguiu apenas 13%. Além disso, o modelo alcançou o percentil 89 em competições de programação online, como o Codeforces.

Porém, o o1 também tem desvantagens. Ele pode ser mais lento para responder a algumas consultas, levando mais de 10 segundos para certas questões. Outro ponto negativo é que a OpenAI optou por não mostrar as "cadeias de pensamento" geradas pelo modelo, apresentando apenas um resumo delas.

A expectativa agora é que a OpenAI torne o o1 amplamente disponível e explore novas versões que possam raciocinar por horas, dias ou até semanas para melhorar ainda mais suas habilidades.

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