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Nas redes sociais, influenciadores já disputam com a IA; para as marcas pode ser um bom negócio

Com ferramentas como o Midjourney e o Sora, a criação de conteúdo está se tornando muito acessível

Agência Clueless, na Espanha, criou virtualmente a modelo e influencer Aitana Lopez
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 11 de abril de 2024 às 12h12.

Última atualização em 11 de abril de 2024 às 12h16.

Mais da metade dos jovens da Geração Z querem ser influenciadores em tempo integral, segundo pesquisa recente da Morning Consult. Faz sentido, já que eles cresceram assistindo e tendo como referências youtubers, streamers e, mais recente, tiktokers. Quem aparecia nos apps se tornou o grande norte para coisas que vão desde de o que é divertido e bonito até como estudar ou onde trabalhar.

Além disso, a carreira parece um sonho: você pode ser seu próprio chefe, pode ganhar mais do que em um emprego tradicional e só precisa ser bom na câmera.

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Mas será que esse mercado ainda comporta tanta gente? Alguns dados apontam que a realidade é bem mais complicado do que parece. Segundo a HypeAuditor, dos cerca de 2 bilhões de usuários ativos mensais do Instagram, apenas 800 mil contas têm mais de 100 mil seguidores.

Um artigo do Wall Street Journal de 2021 sugeriu que as chances de ganhar dinheiro sendo influencer do TikTok para se ter uma carreira de pelo menos cinco anos eram inferiores a 0,0001%. Apenas 100 pessoas em mais de 1 milhão terão sucesso.

Agência Clueless, na Espanha: empresa criou virtualmente a modelo e influencer Aitana Lopez

Para piorar a situação, os aspirantes a influenciadores não estão competindo apenas com humanos - em breve, eles estarão competindo com a inteligência artificial. Os avanços na tecnologia de IA deram origem a um setor deinfluenciadores de IA, e as grandes empresas estão começando a demonstrar interesse pelo marketing econômico produzido por eles.

Em 2016, Miquela Sousa, também conhecida comoLil Miquela, apareceu ao mundo como uma brasileira-americana de 19 anos. Com 2,7 milhões de seguidores no Instagram, Miquela tem recebido mais de US$ 10 milhões por ano em acordos com marcas, com campanhas para Prada e Calvin Klein. Ela, no entanto, não é uma pessoa real.

Miquela é um dos cerca de 200 influenciadores virtuais, de acordo com o Virtual Humans, um site que rastreia esses influenciadores falsos, alimentados por gráficos de movimento avançado e uma equipe considerável de pessoas.

Junto com outros, comoImma, que recebe milhões de visualizações no TikTok, eShudu, um modelo virtual, ela provou que as pessoas estavam dispostas a se envolver com alguém que não era exatamente real.

Com ferramentas como o Midjourney, gerador de imagens de IA, e o Sora, da OpenAI, que faz vídeos extremamente realistas a partir de instruções de texto, a criação de conteúdo está se tornando muito mais acessível.

No final do ano passado, a Meta anunciou "um universo de personagens" alimentado por IA, com contas do Instagram e do Facebook com as quais você pode enviar mensagens. "Estamos criando IAs que têm mais personalidade, opiniões e interesses, e são um pouco mais divertidas de interagir", dizia o anúncio.

Para as marcas, a possibilidade de gerenciar uma presença consistente e envolvente nas mídias sociais a um custo baixo é uma proposta atraente - e algumas já manifestaram interesse por essa nova revolução que está a caminho.

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