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Remy Sharp
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Imagine um planeta exatamente igual a Terra, mas que está há alguns meses no futuro e ao alcance dos olhos humanos. Olhar para ele, observar seu clima e fenômenos naturais, seria uma forma de saber o que aconteceria na Terra no momento seguinte, antecipando qualquer má previsão no irmão menos adiantado.

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Pois bem, não existe um clone da Terra na vida real, mas ele pode existir no mundo virtual. Essa é uma aposta a Nvidia no projeto Earth-2, que funciona como uma Terra digital gerida por um modelo de inteligência artificial. A tecnologia promete prever as condições climáticas das próximas duas semanas com velocidade e precisão sem precedentes.

Este gêmeo digital do lar humano será alimentado pelo FourCastNet, um modelo de IA que usa dezenas de terabytes de dados dos sistemas climático e geológicos da Terra.

Com essa quantidade enorme de dados seria como prever o futuro. Enquanto os sistemas de previsão do tempo atuais conseguem gerar cerca de 50 previsões para a próxima semana, FourCastNet promete prever milhares de possibilidades, incluindo riscos de desastres raros e fatais para humanos.

Quem fez o destaque para essa pouco conhecida IA foi Eric Schmidt, ex-CEO do Google, em um artigo publicado na prestigiada MIT Technology Review. Para o executivo, essa revolução na modelagem climática é apenas o começo e que a IA tem o potencial de reescrever o processo científico.

Através de regulamentações e suporte adequado para usos inovadores da IA, seria possível construir um futuro onde ferramentas alimentadas por IA economizam trabalho e tempo e impulsionam invenções e descobertas criativas.

O ex-CEO do Google aborda que os grandes modelos de linguagem (LLMs) dominaram as atenções recentemente, mas ressalta que existem diversas arquiteturas de modelos em ciência que podem ter impactos ainda maiores.

Ele cita exemplos, como cientistas da McMaster e MIT usando um modelo de IA para identificar um antibiótico capaz de combater um patógeno super-resistente, um dos mais perigosos para pacientes hospitalares.

Os avanços da IA também têm potencial para transformar a maneira como os cientistas conduzem revisões de literatura, formam hipóteses e conduzem experimentos. Uma das grandes vantagens, segundo Schmidt, seria a aceleração das etapas de experimentação, tornando os laboratórios "autônomos", onde a IA seria capaz de conduzir experimentos de maneira mais rápida, barata e em maior escala.

As ressalvas de Schmidt

Apesar de todas essas possibilidades, o experiente executivo também adverte sobre as limitações da IA. É necessário reconhecer onde o toque humano ainda é importante e ''evitar correr antes de aprender a andar''. Além disso, há a questão crítica da segurança da IA, destacando a importância de regulamentações inteligentes e bem informadas.

Schmidt conclui com uma nota de otimismo, apontando que a IA tem o potencial de combinar informações de maneiras novas e criativas, trazendo progresso e levando as ciências a novos patamares.

No entanto, é importante lembrar que a jornada para uma ampla adoção da IA na ciência é longa e requer uma série de passos corretos, desde a construção dos bancos de dados precisos até a implementação das regulamentações certas.

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