Inteligência Artificial

IA na música: o que líderes podem aprender com a indústria criativa

Discussões sobre a inteligência artificial revelam medo entre músicos e oferecem insights para o mundo corporativo

Miguel Fernandes
Miguel Fernandes

Chief Artificial Intelligence Officer da Exame

Publicado em 28 de setembro de 2024 às 12h48.

Última atualização em 28 de setembro de 2024 às 12h48.

O avanço da inteligência artificial (IA) está transformando setores de maneiras imprevisíveis. Na indústria musical, a IA gerou um sentimento comum entre os profissionais: o medo da substituição e da perda do espaço criativo humano. Em uma conversa recente com Fernando Bastos, músico e arranjador carioca, discutimos como esse sentimento também ressoa com as preocupações de líderes empresariais de diferentes áreas. O medo que músicos sentem em relação à IA é semelhante ao temor de executivos e gestores diante das mudanças trazidas por essas novas tecnologias.

Fernando me apresentou uma experiência com a Suno, uma IA de geração musical, que lhe forneceu uma música impressionante, porém com falhas no entendimento de especificações criativas. Essa situação ilustra bem as limitações atuais da IA e a importância de uma supervisão humana qualificada para garantir resultados alinhados às expectativas.

A conclusão principal da nossa discussão foi que a IA deve ser encarada como uma ferramenta de amplificação e inspiração, não como substituta do trabalho criativo.

Entendendo as limitações da IA

Apesar do potencial da IA, Fernando percebeu que ela ainda tem limitações claras, como no caso da criação musical pela Suno, que interpretou erroneamente algumas especificações. Isso reflete a necessidade de supervisão humana. Nos negócios, compreender essas limitações tecnológicas é fundamental para não criar expectativas irreais e otimizar sua implementação nas operações.

IA como ferramenta de amplificação, não substituição

Um ponto forte da nossa discussão foi a visão de Fernando de que a IA pode ser uma ferramenta para inspirar e ampliar o trabalho criativo, mas não substitui a criatividade genuína dos artistas. Para as empresas, a lição é clara: a verdadeira inovação ainda depende da intuição e criatividade humanas, que a IA deve amplificar, e não substituir.

A importância da alfabetização em IA

Fernando destacou que entender as ferramentas de IA é crucial para os músicos, o que também se aplica aos líderes empresariais. A alfabetização em IA não é mais opcional para executivos, que precisam dominar esses recursos para tomar decisões informadas e implementar a tecnologia de forma eficaz.

Colaboração interdisciplinar: a chave para o futuro

Por fim, discutimos a importância da colaboração entre programadores e músicos para criar ferramentas de IA inovadoras. O mesmo vale para outros setores: criar ambientes que promovam a colaboração entre diferentes especialistas é fundamental para impulsionar a inovação dentro das empresas.

Acompanhe tudo sobre:Inteligência artificial

Mais de Inteligência Artificial

Dupla do Google DeepMind divide prêmio Nobel de química com bioquímico dos EUA

WhatsApp recebe Meta AI no Brasil após resolução de problemas com a ANPD

Ganhador do Nobel de Física alerta para riscos da Inteligência Artificial não controlada

O que o primeiro MBA em inteligência artificial para negócios significa para o Brasil