Fernanda Schwyter, do Instituto Projeto Cura: longo caminho a percorrer na esfera da imunoterapia (Divulgação/Divulgação)
Da Redação
Publicado em 7 de outubro de 2022 às 06h05.
Em outubro virou rotina empresas, ONGs e outras organizações organizarem eventos temáticos sobre estratégias para o combate ao câncer.
Tudo isso dentro do que convencionou-se chamar de Outubro Rosa, um movimento global para chamar atenção ao tema.
Uma área por vezes fora do radar desses eventos é o da pesquisa científica contra o câncer.
O Instituto Projeto Cura, associação com base em São Paulo e dedicada à ciência contra doenças oncológicas, quer suprir essa lacuna.
Nesta sexta-feira, 7 de outubro, o Instituto Cura promove o Cura Meetings, um encontro em São Paulo para debater o tema "Pesquisa Clínica como forma de inclusão social — ampliando o acesso à pesquisa clínica no Brasil".
O evento já conta com a confirmação de presença de representantes do Ministério da Saúde, da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP), da ANVISA, de representantes da indústria farmacêutica, com investigadores e líderes de ONGs, visando desvendar os gargalos para o desenvolvimento de novas pesquisas no Brasil.
O encontro irá também apresentar uma importante campanha em prol às pesquisas clínicas que buscam a cura do câncer.
Encabeçado pelo Instituto Projeto Cura e com apoio de outras instituições, o “Movimento Pesquisas Salvam Vidas” tem como missão traduzir o público leigo o que se trata nos meios acadêmico, científicos e governamentais sobre o tema, com linguagem leve e direta.
O objetivo da campanha é mobilizar toda a sociedade civil na conscientização sobre os benefícios da pesquisa, aspecto pouco explorado nas ações do Outubro Rosa no Brasil.
O Cura Meetings ocorrerá de forma híbrida e de forma gratuita. As inscrições para participação online deverão ser feitas através deste link.
Neste sábado, dia 8, o Projeto Cura realiza outro evento: o “1º Fórum de Imunoterapia para Pacientes”.
O evento tem como objetivo compartilhar com o público leito novidades sobre os desfechos de pacientes oncológicos no Brasil através da evolução da ciência e das pesquisas, aspecto pouco explorado no Brasil.
O Instituto Projeto Cura espera educar e instrumentalizar os pacientes, familiares e líderes de associação de pacientes, apresentando as oportunidades de participação em estudos clínicos como acesso a novos tratamentos, como a imunoterapia, tratamento esse não disponível no SUS.
A imunoterapia é uma medicação que potencializa o sistema imune da pessoa, a fim de que o sistema imune consiga combater o câncer de maneira mais eficaz. O perfil de eventos adversos (efeitos colaterais) é diferente da quimioterapia tradicional e tem se mostrado bem tolerado pela maioria dos pacientes.
A imunoterapia está sendo estudada através das pesquisas clínicas em vários tipos de câncer, como por exemplo os cânceres de mama, pulmão, estômago, bexiga, rim, cólon e melanoma. Porém, cada tipo de câncer tem resposta diferente à imunoterapia, isolada ou combinada a outros tratamentos, como a quimioterapia.
"Ainda há um longo caminho a percorrer na esfera de conhecimento acerca da imunoterapia, compreendendo como por exemplo, quais são os pacientes que mais vão se beneficiar desse tipo de tratamento, e para isso a pesquisa clínica em oncologia tem papel primordial", diz Fernanda Schwyter, fundadora e presidente do Instituto Cura.
"Por isso devemos continuar investindo tanto no desenvolvimento de novas pesquisas clínicas com imunoterapia, assim como capacitar e esclarecer associações de pacientes, pacientes ativistas e seus familiares, sobre o que é a imunoterapia, o que é a pesquisa clínica e como participar de estudos, desmistificando estigmas e dúvidas."
O fórum irá atingir um público de líderes de ONGs, pacientes e médicos e será apresentado de forma híbrida.
O público poderá acompanhar o evento pelas redes sociais do Cura. As inscrições podem ser feitas através do formulário online.
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