A pauta ESG tem dominado as discussões no mundo corporativo nas últimas duas décadas. Pesquisas apontam que 9 a cada 10 CEOs planejam aumentar os investimentos em ações sustentáveis, sociais e de governança em suas empresas. 

Ainda que seja comum associar a implementação do ESG a grandes corporações, pequenos negócios também podem construir um futuro sustentável. A pesquisa O Engajamento dos Pequenos Negócios Brasileiros às Práticas ESG, idealizada pelo Sebrae Mato Grosso, mostra que 91% das pequenas empresas consideram “importante” ou “muito importante” incluir aspectos do tema em sua gestão.

O mesmo documento também revela um paradoxo: 

• dessas micro e pequenas empresas, 86% dizem ter “pouco” ou “nenhum conhecimento” sobre a sigla ESG;
• quase 70% dos entrevistados afirmam já terem implementado políticas de sustentabilidade em seus negócios. 

Diante deste cenário, é preciso dar um passo atrás para entender o que é o ESG para evoluir nesse tema.

Recapitulando os três pilares do ESG

ESG (Environmental, Social and Governance - Ambiental, Social e Governança, em português) é um conjunto de boas práticas que valida se uma empresa é socialmente consciente, sustentável e corretamente gerenciada. Entenda o que engloba cada pilar da sigla.

Ambiental: diz respeito aos impactos da empresa no meio ambiente e como reduzir ou compensar qualquer prejuízo;

Social: iniciativas em causas sociais, de desenvolvimento humano, inclusivas e que contribuem com a comunidade em que a empresa está inserida;

Governança: está relacionada à transparência, prestação de contas e a uma gestão eficiente e efetiva. 

Por que aderir ao ESG? 

É  importante ter em mente que a sustentabilidade no conceito de ESG vai além dos aspectos ambientais, refere-se também à uma reorganização estratégica na política interna da empresa e à implantação dos melhores processos de administração a fim de conquistar investimentos, crédito, credibilidade e mais espaço no mercado. 

Além disso, segundo o Panorama ESG no Brasil 2023, realizado pela Amcham Brasil, os seguintes benefícios também são identificados pelas empresas que praticam ações de ESG:

• o fortalecimento da reputação no mercado (61%),
• impacto positivo em questões socioambientais (57%);
• redução dos riscos ambientais, sociais e de governança (40%).

Aderir ao ESG é investir em crescimento para as empresas em um mercado que está cada vez mais atento a fatores relacionados com os três pilares do conceito. Mas afinal, por onde começar? Separamos algumas dicas práticas. 

15 ideias de como aplicar os três pilares do ESG

O conhecimento especializado sobre a área ainda é um dos maiores desafios para a implementação do ESG em grande parte das empresas brasileiras. Diante deste cenário, o primeiro passo para mudar essa realidade é investir na capacitação dos colaboradores. 

No documento elaborado pela pela Amcham Brasil, 62% dos participantes incentivam a formação e capacitação dos funcionários na área, sendo que 48% acreditam que este é um fator crítico de sucesso.

Em paralelo  às ações de aprendizagem, algumas atitudes podem marcar o início de uma nova era sustentável. Veja o que é possível implementar em pequenas e médias empresas.

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E (environmental - ambiental)

• Substituir a energia elétrica por fontes de energias renováveis;
• Reduzir ou zerar emissões de gases de efeito estufa;
• Melhorar o gerenciamento de resíduos, incluindo lixeiras para coleta seletiva para garantir o descarte correto dos resíduos;
• Incentivar a economia de recursos naturais como água e luz;
• Promover a conscientização sobre a compra responsável, escolhendo fornecedores e produtos que sigam práticas sustentáveis.

S (social)

• Elaborar políticas de inclusão e diversidade;
• Atuar em conformidade com a legislação;
• Promover o bem-estar no ambiente de trabalho entre todos os níveis hierárquicos;
• Contribuir para projetos sociais desenvolvidos pela comunidade local;
• Auxiliar no desenvolvimento e capacitação dos colaboradores.

G (governance - governança)

• Definir uma estrutura organizacional clara, especificando papéis e responsabilidades;
• Desenvolver e implementar um código de ética que oriente o comportamento dos funcionários;
• Promover a transparência sobre a saúde financeira do negócio;
• Identificar e avaliar os riscos operacionais, financeiros e de conformidade;
• Desenvolver políticas e procedimentos internos que abordem questões-chave, como recursos humanos, bem-estar e avaliação de desempenho.