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Irã e potências tentam desobstruir negociação nuclear

As discussões mais uma vez trazem o Irã para a mesa de negociação com Estados Unidos, Rússia, China, Reino Unido, França e Alemanha

ONU: conversas ocorrem nos bastidores da Assembleia Geral da organização (Shannon Stapleton/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 19 de setembro de 2014 às 16h33.

Nações Unidas - A pouco mais de dois meses do prazo final para chegarem a um acordo, o Irã e as seis potências mundiais deram início nesta sexta feira a um esforço para diminuir as diferenças persistentes sobre quais concessões ao programa nuclear Teerã precisará acatar como contrapartida à suspensão total das sanções contra o país.

As discussões mais uma vez trazem o Irã para a mesa de negociação com Estados Unidos, Rússia, China, Reino Unido, França e Alemanha.

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Mas, desta vez, as conversas ocorrem nos bastidores da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas ( ONU ).

Isso significa que o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, e seus correspondentes devem se unir aos encontros, acrescentando influência diplomática às reuniões.

Antes da primeira rodada de diálogo nesta sexta-feira, a chefe da equipe de negociadores dos EUA, Wendy Sherman, reconheceu que as partes "continuam distantes de um acordo nas questões principais, incluindo o tamanho e o alcance da capacidade iraniana de enriquecimento de Urânio".

Dependendo do nível, o Urânio pode ser usado como combustível para reatores ou como o núcleo de uma bomba atômica.

Os iranianos pedem que seja permitido manter o seu programa nos moldes atuais, mas Sherman disse a repórteres que essa demanda não é aceitável e que não dará a Teerã o que quer - um fim às sanções nucleares que pressionam a economia do país.

"Nós precisamos ser confiantes, de forma que qualquer esforço de Teerã para fugir de suas obrigações seja tão visível e demorado que a tentativa não tenha nenhuma chance de sucesso", ela comentou.

O ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohamad Javad Zarif, questionou as restrições, que teriam sido efetivas ao pressionar o programa nuclear do país.

"Os Estados Unidos estão obcecados com sanções", disse ele.

Outras questões que separam as partes envolvem o que fazer com uma instalação de enriquecimento subterrânea próxima do vilarejo de Fordo e com a construção de um reator perto da cidade de Arak.

Os EUA querem que a base de Fordo interrompa sua operação de enriquecimento por ser fortalecida contra ataques.

E pedem que o reator de Arak seja convertido para reduzir ao mínimo sua produção de Plutônio.

O prazo final para o acordo foi estendido até o dia 24 de novembro, após as negociações falharem no final de julho.

Fonte: Associated Press.

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