Woodstock entra no metaverso e indica futuro dos festivais de música
Realidade virtual tem sido usada como uma forma de preservar e democratizar acesso à história de grandes eventos
Cointelegraph Brasil
Publicado em 5 de fevereiro de 2023 às 09h00.
O metaverso está se tornando um destino para mais marcas, empresas e comunidades se conectarem. Um estudo de dezembro de 2022 revelou que 69% dos usuários acreditam que o entretenimento no metaverso remodelará a vida social, e uma das áreas que mais deve ser afetada é a realização de eventos e grandes festivais.
Recentemente, o famoso festival de música e artes Woodstock, conhecido por ser o mais famoso dos eventos de rock dos anos 1960, anunciou que vai se reinventar como um mundo digital em colaboração com os desenvolvedores do metaverso Sequin AR.
Os festivais no metaverso não são novidade. Como a vida digital vem se tornando mais proeminente ao longo dos anos, vimos paradas virtuais do orgulho gay, eventos culturais específicos de países e semanas de moda em realidade virtual.
Com Woodstock construindo seu próprio espaço virtual, o imenso legado de um festival físico está sendo preservado e reinventado para as novas gerações. Jennifer Roberts, sócia da Woodstock Ventures, lembrou como o festival original em 1969 “desafiou tantas expectativas” ao reunir meio milhão de pessoas em torno da paz, música e arte. Agora, o metaverso permite que um público verdadeiramente global experimente o legado do evento.
“Achamos que a geração Woodstock de hoje não está unida por quando eles nasceram, mas por um sistema de valores compartilhados de paz, criatividade e compaixão", comenta. Roberts chamou o metaverso de “experiência democratizante” onde, apesar das circunstâncias físicas, as pessoas podem se unir para celebrar aquilo em que acreditam.
A conectividade é um grande motivador para marcas e empresas entrarem no metaverso. Com mais de 90% dos consumidores curiosos sobre o tema as oportunidades de criar conexões em escala global só aumentam. No entanto, assim como na vida real, organizar um festival icônico para milhares de pessoas é uma grande tarefa com muitas considerações.
Robert DeFranco, CEO da Sequin AR, diz que o objetivo de tais iniciativas não é substituir, mas complementar o que está disponível na realidade física e o legado de um evento: “Não há nada como estar em um show ao vivo. A intenção é ter uma comunidade para se envolver e uma experiência que você goste quando não puder estar em um show ao vivo".
Roberts afirma que, ao se preparar para criar esse complemento digital, antecipar novas necessidades para artistas, público e até mesmo gêneros musicais é um novo desafio. Ela também disse que deixar espaço para o acaso no processo não deve ser esquecido.
“A magia do festival original foi algo que resultou da alquimia de juntar diferentes elementos. Temos fé que isso acontecerá aqui também, embora de maneiras que não podemos prever", explica.
De artistas independentes a estrelas pop icônicas, a indústria da música tem sido muito ativa na adoção de tecnologias ligadas à Web3. Grandes gravadoras, como a Warner Music, têm sido particularmente ativas em trazer performances para a realidade digital, anunciando sua própria plataforma de música e criada com o blockchain Polygon.
Roberts disse, no entanto, que quando se trata de legado, a questão não é apenas de manter o passado vivo, mas de olhar para o futuro: “Não se trata de consagrar o passado, mas sim de envolver novos públicos e escrever os próximos capítulos da história".
Nos próximos sete anos, espera-se que o metaverso crie uma avaliação de mercado de US$ 5 trilhões, de acordo com relatórios recentes.
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