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Plataforma cripto do BTG Pactual, Mynt libera transferência de ativos digitais

Mynt supera concorrentes e libera transferências cripto entre corretoras e carteiras digitais no próprio aplicativo

Mynt disponibiliza transferências em aplicativo (Mynt/Divulgação)
MM

Mariana Maria Silva

Publicado em 29 de novembro de 2022 às 13h47.

A partir desta terça-feira, 29, investidores da Mynt, plataforma de criptomoedas do BTG Pactual, poderão realizar transferências de e para outras corretoras ou carteiras digitais. A opção estará disponível no aplicativo para operações com bitcoin, ether, Solana, Polkadot e Cardano.

Uma das motivações por trás da novidade foi o recente caso FTX, em que a corretora, então segunda maior do mundo, foi à falência em menos de uma semana deixando milhares de investidores no prejuízo e impossibilitados de sacar seus ativos.

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“Tornou-se essencial dar mais liberdade de custódia ao investidor, algo que era demanda forte dos entusiastas, mas vai além disso. Criamos a Mynt para tornar mais fácil para as pessoas não letradas em cripto operarem com segurança”, disse André Portilho, head de Digital Assets no BTG Pactual e responsável pela Mynt.

Dessa forma, os clientes da Mynt passam a poder escolher entre a custódia do banco ou a custódia própria para seus criptoativos. A partir do momento em que as criptomoedas são transferidas para uma carteira digital, por exemplo, o investidor passa a ter total controle e responsabilidade sobre a sua custódia.

Por outro lado, enquanto as criptomoedas permanecem na Mynt, a custódia é feita pelo próprio BTG Pactual, um dos pioneiros no Brasil a realizar o serviço sem recorrer a terceiros. “Todo o controle operacional e das chaves está conosco, e no Brasil. São várias camadas de segurança”, informou Portilho.

-(Mynt/Divulgação)

A Mynt considera a nova funcionalidade um atrativo em quesito de segurança para investidores brasileiros. Após o caso FTX, especialistas em direito tributário declararam ser “praticamente impossível” para um brasileiro recuperar seu patrimônio investido na corretora, já que por divergências jurídicas entre os países, eles ficariam entre “os últimos da fila” caso algum dinheiro seja liberado para saque.

Segundo André Portilho, na Mynt, o cliente teria o respaldo de uma empresa BTG, o maior banco de investimentos da América Latina. “Pessoas que têm ativos em corretoras estrangeiras podem se sentir inseguras. Além disso [a Mynt] é uma empresa brasileira. Imagine se o usuário tiver problemas numa corretora estrangeira. O que é que ele vai fazer?”, questionou.

Disponível para o público brasileiro desde agosto, a Mynt demorou pouco mais de três meses para liberar a funcionalidade, muito aguardada por clientes preocupados com a segurança e entusiastas das criptomoedas.

Com o lançamento, a plataforma do BTG foi a primeira das corretoras cripto de bancos e fintechs a liberar esta função - Nubank, XP, PicPay, entre outras, ainda não oferecem a possibilidade de transferência cripto para seus clientes.

Caso queira transferir suas criptomoedas de outros lugares para a Mynt, o investidor precisará acessar sua carteira no aplicativo, selecionar a moeda escolhida e clicar em “depositar”. Para tornar o processo possível, um endereço de depósito é criado para ser utilizado na carteira digital de origem. O processo também é possível por QR Code.

Já para transferir suas criptomoedas da Mynt para outras corretoras ou carteiras digitais, o investidor precisará acessar a carteira, selecionar a criptomoeda escolhida e clicar em “sacar”. Para garantir a transação, o cliente deve conferir a rede, taxa prevista, tempo estimado, dados e quantidade de ativos, e confirmar.

Apesar de nem todas as criptomoedas disponibilizadas pela Mynt - bitcoin, ether, Solana, Polkadot, Cardano, Chainlink, Polygon e USDC – estarem disponíveis para saque e transferência no momento, a funcionalidade será disponibilizada em breve para todos os ativos, segundo André Portilho.

Atuando na área de criptoativos desde 2017, o BTG espera ampliar a base de clientes de Mynt e pretende continuar investindo na tecnologia blockchain e suas possibilidades, mesmo com o cenário de queda que atingiu o setor em 2022.

“Não é um movimento de curto prazo nosso. Nossa visão está em cima da tecnologia e do potencial de transformação que pode trazer para a indústria financeira e depois para outros setores”, afirmou Portilho.

No aguardo da decisão da Câmara dos Deputados sobre o Projeto de Lei 4401/2021, que pretende regulamentar o mercado de criptomoedas no Brasil, a Mynt já estuda novas possibilidades e funcionalidades para um público mais avançado, como “staking” e “lending”, que podem gerar renda passiva a partir de criptomoedas.

“Essas novidades não estão distantes no nosso ‘roadmap’, mas somos muito mais criteriosos quando se trata da regulação vigente. Somos mais comedidos, vamos acelerar o 'roadmap' de produtos quando a regulação sair”, explicou o executivo.

“O mercado cripto ainda é pequeno, então os nossos concorrentes, longe de serem uma preocupação, estão nos ajudando ao fazer o mercado crescer, o que é melhor do que brigar por market share”, acrescentou.

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