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OpenSea lança ferramenta para criadores de NFTs receberem royalties de compradores

Recurso permitirá inclusão de sistema de taxas nos contratos inteligentes usados na compra e venda dos tokens não fungíveis

OpenSea é responsável por cerca de 66% do mercado global de NFTs (GettyImages/Reprodução)

Cointelegraph Brasil

Publicado em 7 de novembro de 2022 às 14h34.

Última atualização em 7 de novembro de 2022 às 14h45.

O marketplace de tokens não fungíveis ( NFTs, na sigla em inglês) OpenSea parece ter tomado uma posição no debate sobre royalties dos ativos ao lançar uma nova ferramenta que ajuda os criadores a aplicar a cobrança de taxas em seus colecionáveis digitais.

A empresa, que de acordo com a CoinGecko responde por 66% do mercado de NFTs, estava relativamente silenciosa sobre a questão dos royalties, enquanto outros participantes do setor vinham implementando suas próprias estratégias nos últimos meses.

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Em uma postagem no blog oficial da empresa, o CEO do OpenSea, Devin Finzer, observou que, em marketplaces onde as taxas são opcionais, eles "observaram que o pagamento voluntário da taxa dos criadores caiu para menos de 20%", enquanto em outros mercados as taxas do criador "simplesmente não são pagas de forma alguma".

-(Mynt/Divulgação)

O CEO da OpenSea anunciou que o marketplace acaba de lançar uma nova ferramenta que permitirá aos criadores implementar a “aplicação on-chain” de royalties.

Finzer descreveu a ferramenta como um “snippet de código simples”, que permite aos criadores aplicar royalties em contratos inteligentes de NFTs novos e futuros e em contratos inteligentes atualizáveis pré-existentes. O código também restringirá as vendas dos tokens apenas aos marketplaces que impõem taxas de criação.

“Está claro que muitos criadores querem ter a capacidade de impor taxas on-chain e fundamentalmente, acreditamos que a escolha deve ser deles — não deve ser uma decisão tomada pelos marketplaces em nome deles”, disse Finzer.

Ele afirmou ainda que o OpenSea aplicará royalties para novas coleções usando a ferramenta. Novas coleções que não optem por participar do sistema terão liberdade para tal.

Finzer explicou no Twitter Spaces que o OpenSea “não está exigindo que as pessoas usem nossa solução específica”, os criadores podem usar “quaisquer soluções que quiserem, implementando-as de qualquer maneira".

“Nós fornecemos um repositório GitHub como modelo para ajudar você a usar uma solução que basicamente bloqueia listagens em marketplaces que não suportam taxas de criador, mas você não precisa usar essa solução; o requisito é que, se você quiser aplicar taxas de criador aos seus itens, tenha de aplicá-las on-chain", explicou.

A ferramenta também não poderá ser utilizada por coleções de NFTs pré-existentes no momento devido a desafios de implementação.

“Até onde sabemos, a única maneira de obter a aplicação de taxas de criador on-chain para coleções existentes com contratos inteligentes não atualizáveis é tomar medidas drásticas com suas comunidades, como mudar a coleção canônica para um novo contrato inteligente”, segundo Finzer.

“Em nossa opinião, de longe, a melhor opção é que os criadores explorem novas formas de monetização e formas alternativas de incentivar compradores e vendedores a pagar taxas de criadores, garantindo que coleções futuras imponham taxas de criadores on-chain”, acrescentou.

De acordo com o CEO, isso pode incluir opções como continuar a aplicar taxas off-chain para alguns subconjuntos de coleções, permitir taxas opcionais de criadores e colaborar com outras opções de aplicação on-chain para criadores.

A reação entre os criadores de NFTs e a comunidade do Twitter foi mista. Wab.eth, fundador da coleção Sappy Seals NFT e cofundador do The Pixlverse e do Pixl Labs, disse a seus quase 60 mil seguidores que, embora “não concorde fundamentalmente com a remoção de royalties, aprecio essa iniciativa".

Outros usuários tinham perguntas que achavam que não foram respondidas. Betty, o pseudônimo de um dos criadores da coleção Deadfellaz, disse a seus 89 mil seguidores que “parece que não há plano e nenhuma resposta clara foi dada em relação às coleções existentes e aos royalties para artistas".

No entanto, ele observou mais tarde que espera “ler comunicações mais concretas deles em breve em relação às estratégias propostas".

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