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Nubank aloca 1% do patrimônio em bitcoin e CEO elogia: "É um bom investimento a longo prazo"

Após ter anunciado serviços envolvendo criptomoedas, Nubank investe parte de suas reservas em bitcoin e o CEO David Vélez elogia investimento, apesar da alta volatilidade

Unicórnio brasileiro está investindo em bitcoin (Pavlo Gonchar/SOPA Images/LightRocket/Getty Images)
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Mariana Maria Silva

Publicado em 31 de maio de 2022 às 16h04.

Última atualização em 31 de maio de 2022 às 16h11.

David Vélez, CEO e cofundador do Nubank, demonstrou uma visão bastante positiva sobre o bitcoin e as criptomoedas durante uma entrevista recente ao portal Bloomberg Línea. O executivo declarou que o bitcoin é um bom investimento a longo prazo, mesmo com sua alta volatilidade.

O unicórnio brasileiro que ficou conhecido por seu cartão de crédito “roxinho” está expandindo seus horizontes e vai oferecer a compra e venda de criptomoedas para todos os seus clientes até o fim do próximo mês.

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Além disso, a empresa recém-listada na Nasdaq agora também investe na maior criptomoeda do mundo. Por meio das reservas da Nu Holding, 1% de seu patrimônio foi alocado em bitcoin no último dia 24, em um processo considerado pouco transparente por especialistas.

Vélez foi questionado pela Bloomberg Línea sobre o investimento, e comentou que a aposta do Nubank é em futuros movimentos de alta da criptomoeda. “Sim, tem mais volatilidade que os outros 99% do nosso caixa. Mas, a longo prazo, acreditamos muito que é um bom investimento”, afirmou o CEO.

De maio de 2017 até maio de 2021, o preço do bitcoin subiu cerca de 2.159%. Neste período, a criptomoeda viveu seus altos e baixos, estando, inclusive, em um de seus baixos no momento. Cotado a US$ 32 mil, o bitcoin está aproximadamente 55% abaixo de sua máxima histórica, atingida em 2021 logo após um ciclo de baixa similar.

-(Mynt/Divulgação)

Ainda sobre o uso das criptomoedas como investimento, David Vélez contou que a instituição viu um grande aumento no interesse de seus clientes sobre o tema nos últimos dois anos. Além disso, as movimentações de dinheiro saindo de suas contas de poupança e indo para corretoras de criptomoedas também chamou muito a atenção do Nubank.

“É um produto que tem muito interesse”, ressaltou o CEO ao Bloomberg Línea. “Como empresa, estamos muito otimistas com o futuro das criptomoedas, sendo uma tecnologia muito disruptiva para o futuro dos serviços financeiros”, concluiu.
O serviço de compra e venda de criptomoedas do Nubank foi anunciado no início de maio, e está disponível para investimentos em bitcoin e ether. Por enquanto, apenas alguns clientes têm acesso, porque a o serviço está sendo disponibilizado aos poucos. A intenção da empresa é que todos os seus clientes possam comprar e vender bitcoin e ether até o fim de junho.
Em janeiro, a empresária Anita Sands, membro do conselho administrativo do Nubank, foi anunciada como a nova integrante do conselho de diretores da Circle, empresa de pagamentos focada em criptomoedas e criadora da USDC, a segunda maior criptomoeda de valor estável, atrás apenas da USDT.

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