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Maior corretora cripto dos EUA vai comprar empresa brasileira, diz jornal

Segundo o Estadão, a Coinbase deve anunciar até o final de abril a compra do Mercado Bitcoin e todas as empresas do grupo, como o Portal do Bitcoin

A estreia da corretora de criptoativos Coinbase na Nasdaq em 2021 foi uma prova de sucesso do apetite de investidores pelo tema (Michael Nagle/Getty Images)

A estreia da corretora de criptoativos Coinbase na Nasdaq em 2021 foi uma prova de sucesso do apetite de investidores pelo tema (Michael Nagle/Getty Images)

Cointelegraph Brasil

Cointelegraph Brasil

Publicado em 28 de março de 2022 às 09h27.

Última atualização em 28 de março de 2022 às 14h20.

A Coinbase, a maior corretora de criptoativos dos EUA, deve anunciar, até o fim de abril, a compra da corretora brasileira Mercado Bitcoin e todas as empresas vinculadas ao grupo, segundo informou o jornal O Estado de São Paulo.

Segundo informações da coluna Broadcast, do Estadão, a compra do MB pela Coinbase estaria sendo negociada desde o ano passado. A compra envolve a aquisição, pela Coinbase, da 2TM holding que controla o MB e as empresas Meubank, MB Digital Assets, CriptoLoja, Bitrust, Blockchain Academy, MezaPro, Wuzu e Portal do Bitcoin.

Os valores envolvidos na aquisição não foram informados. Procurados, nem o MB nem a Coinbase quiseram comentar a informação. Recentemente, sem citar detalhes de seu plano de expansão, a Coinbase declarou publicamente que o Brasil é peça chave em sua expansão para a Amércia Latina.

"O Brasil é um importante centro de tecnologia para a expansão global da Coinbase, por isso precisamos de uma equipe global de engenharia que reflita nosso objetivo de aumentar a liberdade econômica em todo o mundo. A criptomoeda é uma ótima oportunidade para fornecer acesso de maneira eficiente e transparente ao capital. Acreditamos que alguns dos melhores talentos de engenharia estão na América Latina e estamos animados para crescer no Brasil”, declarou Marcello Azambuja, Diretor de Engenharia e Tecnologia da Coinbase.

(Mynt/Divulgação)

Mercado Bitcoin e Banco Central do Brasil

No entanto, antes da Coinbase, quem comprou parte do Mercado Bitcoin foi o Mercado Livre que adquiriu, em janeiro deste ano, participação no Grupo 2TM. O valor dos investimentos não foram divulgados.

“Estamos empolgados pelo Mercado Livre juntar-se à 2TM e Mercado Bitcoin como acionista. Como um ator importante nas indústrias de tecnologia e serviços financeiros da América Latina, o Mercado Livre pode ter um impacto significativo no desenvolvimento futuro de criptomoedas e blockchain na região, e estamos entusiasmados em explorar e trabalhar de maneira próxima com a empresa para essa finalidade no futuro”, disse na época Daniel Cunha, vice-presidente executivo de Desenvolvimento Corporativo do Grupo 2TM.

A 2TM, que controla o Mercado Bitcoin, foi avaliada recentemente em US$ 2,2 bilhões em uma nova rodada de investimento.

A corretora brasileira também declarou que pretendia usar seus recursos para ingressar em países como México, Argentina, Chile, Colômbia, Peru e Portugal. No caso de Portugal, em janeiro deste ano a 2TM comprou a CriptoLoja, a primeira corretora de criptoativos regulamentada de Portugal.

Caso seja efetivado a compra a Coinbase seria a primeira exchange global de criptomoeda a ter conexões com o desenvolvimento de uma Moeda Digital de Banco Central (CBDC) já que o Mercado Bitcoin teve seu caso de uso para o Real Digital selecionado pelo Banco Central do Brasil.

Além do MB, entre as empresas de criptomoedas, o protocolo de DeFi Aave também foi selecionado e a ConsenSys  em parceria com a Visa e Microsoft.

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