Maior banco da Argentina começa a oferecer negociação de criptomoedas
País sofre com inflação elevada há alguns anos e tem visto boa parte da população buscar refúgio nas criptomoedas; maior do país, o banco Galicia passou a oferecer negociação de ativos digitais
Gabriel Marques
Publicado em 3 de maio de 2022 às 18h55.
Última atualização em 3 de maio de 2022 às 19h19.
O Banco Galicia, o maior da Argentina em valor de mercado, passou a oferecer a seus clientes a possibilidade de negociar criptomoedas a partir da última segunda-feira, 2. O movimento visa atrair clientes mais jovens e aqueles que desejam fugir da forte inflação no país vizinho. No início, os ativos disponíveis são bitcoin, ether, USDC e XRP.
Apesar de permitir a compra dos ativos digitais, a empresa ainda não permite saque ou envio de criptomoedas de outras carteiras para o banco. Em parceria com a carteira digital Lirium, a negociação acontece na mesma plataforma em que clientes da instituição financeira negociam ações.
Segundo Martin Kopacz, COO da Lirium, o banco também vai oferecer um serviço de custódia de cripto a seus clientes e que a funcionalidade deve estar disponível para todos até o meio do mês, reportou o CoinDesk. Ainda segundo ele, a empresa está trabalhando para possibilitar integrações similares no Brasil e México.
Além do Galicia, o banco digital argentino Brubank também vai passar a ofertar bitcoin, ether e USCDC para seus clientes nesta semana.
A Argentina atravessa uma forte crise econômica desde 2017, quando o presidente Mauricio Macri deixou o comando, dando lugar a Alberto Fernández. Desde então, o peso argentino despencou frente o dólar americano, fazendo com que muitos argentinos recorressem a cripto como reserva de valor.
A cidade de Sorradino, na província de Santa Fé, também vai passar a usar criptomoedas como fuga da inflação. A cidade, que já comprou seis placas de vídeo e vai comprar uma plataforma de mineração, está arrecadando dinheiro para uma atualização de infraestrutura rodoviária. De acordo com o prefeito Juan Pio Drovetta, a iniciativa foi apoiada pela comunidade local.
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