Louis Vuitton avança no metaverso e lança concurso que premia em NFTs
A gigante do mercado de luxo investe cada vez mais no seu relacionamento virtual com clientes e agora lança NFTs de avatares exclusivos, com os quais irá presentear usuários
Mariana Maria Silva
Publicado em 18 de abril de 2022 às 10h40.
Última atualização em 18 de abril de 2022 às 10h42.
Uma das maiores marcas de luxo do mundo, a Louis Vuitton anunciou mais um lançamento de NFTs na última semana. O lançamento vai integrar o seu aplicativo “Louis: The Game” e é uma forma da Louis Vuitton mostrar ao público que pretende investir ainda mais no relacionamento virtual da marca com seus clientes.
Desde que foi fundada em 1854, a Louis Vuitton precisou se reinventar com o passar dos anos para se adaptar à novas tecnologias e atender as demandas de seus clientes. Com os NFTs, não é diferente. A marca já havia lançado tokens não fungíveis em agosto do último ano, e agora renova a iniciativa.
Em parceria com a Wenew Labs, a empresa pretende distribuir NFTs gratuitamente para os usuários do “Louis: The Game” que mais coletarem itens dentro do jogo. Serão 10 tokens não fungíveis sorteados entre os mais bem colocados em um ranking, que estará disponível até 4 de agosto, segundo a Vogue Business.
A intenção da marca é atrair um público mais jovem, ao passo que o educa sobre os quase 200 anos de história da Louis Vuitton. Por isso, os jogadores deverão encontrar 16 páginas de manuscritos da Louis Vuitton, que reúnem detalhes sobre a vida do fundador da marca e seus produtos.
Por trás da Wenew Labs, está um nome de peso no mundo dos NFTs. O lendário artista Beeple é responsável pelo segundo NFT mais caro do mundo, vendido por US$ 69,3 milhões, vendido em março de 2021.
Em conjunto com a Wenew Labs, Beeple ajudou no desenvolvimento dos NFTs que retratam Vivienne, um antropomorfismo do famoso monograma da empresa. Vivienne desfila uma série de looks da marca e pode ser utilizada como avatar nas redes sociais, modelo que se tornou uma tendência mundial após o sucesso de coleções como CryptoPunks, Bored Ape Yacht Club e World of Women.
Baixado mais de 2 milhões de vezes, segundo a Louis Vuitton, o aplicativo da marca faz sucesso ao utilizar uma estratégia diferente de seus concorrentes. Ao invés de transportar o seu comércio de luxo para o blockchain com itens exclusivos, como Dolce & Gabbana e a coleção Collezione Genesi, a Louis Vuitton optou por não precificar seus itens virtuais por enquanto, preferindo o engajamento jovem e o controle sobre as experiências que oferece.
Em outras ocasiões, o presidente executivo da LMVH Moët Hennessy Louis Vuitton SE chamou a atenção por suas críticas ao metaverso, ambiente virtual em que muitas marcas estão investindo para a comercialização de NFTs e a oferta de experiências imersivas online. Bernard Arnault teria dito estar “cauteloso com a bolha do metaverso”, segundo a Vogue Business. No entanto, a empresa e suas maisons continuam lançando projetos envolvendo a tecnologia, além de liderar a Aura Blockchain Consortium, organização sem fins lucrativos composta por Louis Vuitton, Prada, Cartier e outras marcas de luxo para desenvolver iniciativas no blockchain.
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