Katie Haun capta US$ 1,5 bilhão para investir em startups da Web3
A gestora de fundos que investem em startups de criptoativos anunciou sua nova empreitada: a Haun Ventures. Com US$ 1,5 bilhão, é a maior captação liderada por uma mulher
Gabriel Marques
Publicado em 23 de março de 2022 às 17h08.
Katie Haun, ex-capitalista de risco da Andreessen Horowitz, na qual era responsável por vários fundos que investiam em empresas de cripto, anunciou seu novo projeto após sua saída da empresa norte-americana. A Haun Ventures vai investir em projetos da Web3 - a nova fase da internet - e já quebrou um recorde antes mesmo de começar: trata-se do fundo com maior captação liderado por uma mulher, com US$ 1,5 bilhão.
Segundo Katie, o dinheiro será dividido em duas plataformas de investimento: US$ 500 milhões para startups em fase inicial e US$ 1 bilhão para a aceleração de projetos mais avançados. Haun começou sua carreira como procuradora dos Estados Unidos, onde cuidava de casos como crime organizado e assassinato. Durante esse período, foi responsável por uma das primeiras força-tarefas de criptoativos do governo norte-americano, e logo descobriu o potencial dessa nova classe de ativos. Após deixar o governo, ela entrou para a mesa de diretores da Coinbase, maior corretora de criptoativos dos EUA. Lá, conheceu Chris Dixon, seus parceiro nos fundos da Andreessen.
“Vemos o bitcoin como o quebrador de paradigmas original, que deu origem a milhares de experimentos. A década desde essa invenção foi caracterizada por uma enxurrada de inovações na infra-estrutura da Web3, como o lançamento da rede Ethereum ”, disse Haun em uma carta.
“Agora, cripto se expandiu muito além de usos financeiros, e já está presente em jogos, arte, mídia e conteúdo. Os projetos de Web3 que surgirem na próxima década serão ainda mais expansivos, aplicando todos os mecanismos da última década em todas as indústrias”, completou.
“Nós achamos que a demanda dos consumidores por experiências nativamente digitais vai continuar a crescer. Quanto mais pessoas abraçarem esses produtos, haverá uma mudança nas expectativas individuais por controle de seus dados, e uma nova geração de criadores vai demandar e aproveitar uma nova economia”, afirma o texto.
Além de fornecer capital, a nova firma vai contribuir com a Web3 de duas maneiras: a primeira é a mudança no sistema. “Faremos parcerias para levar uma campanha global para a Web3 que combata concepções erradas, engajar legisladores, mostrar casos de usos positivos e ganhar os corações e mentes de líderes em todos os setores”, explica Katie.
A segunda maneira de contribuir é chamada de participação da comunidade. “Construiremos táticas e compartilharemos ideias conforme nos desenvolvemos que vão ajudar a estabelecer novos padrões para como empresas de venture capital podem participar na Web3”, continuou.
Katie finaliza: “Estamos comprometidos em construir um ecossistema de Web3 que gerações futuras vão admirar. Esse é um primeiro passo animador, mas o trabalho de verdade começa agora. Teremos mais coisas para compartilhar conforme construímos nosso time e fazemos nossos investimentos”.
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