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Investimentos em empresas de criptomoedas atingem menor nível em 3 anos

Levantamento aponta que companhias do mercado cripto estão tendo dificuldade para atrair capital nos últimos meses

Investimentos em empresas de criptomoedas caíram em 2023 (Reprodução/Reprodução)
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 5 de outubro de 2023 às 18h25.

Última atualização em 5 de outubro de 2023 às 18h39.

A empresa de análises Messari divulgou um relatório nesta semana que aponta que as empresas do mercado de criptomoedas tiveram o pior trimestre em termos de captação de investimentos dos últimos três anos. O período avaliado considerou as rodadas de investimento entre julho e setembro deste ano.

De acordo com o levantamento, as companhias do setor obtiveram pouco menos de US$ 2,1 bilhões em investimentos, divididos em 297 rodadas de aportes. O número é o menor desde o quarto trimestre de 2020 e está consideravelmente abaixo do recorde de US$ 17,5 bilhões observado no primeiro trimestre de 2022.

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Na avaliação da Messari, os retornos de investimento foram caindo ao longo do ano passando, em linha com uma piora do quadro geral do mercado cripto. Em 2022, diversas empresas relevantes do segmento acabaram declarando falências , culminando na quebra da corretora FTX em novembro.

Por outro lado, o mercado havia dado sinais de recuperação no primeiro semestre deste ano. Os investimentos captados por empresas de criptomoedas voltaram a crescer no primeiro e no segundo trimestres de 2023, totalizando US$ 7,5 bilhões obtidos em 200 negociações.

Já no terceiro trimestre deste ano, tanto o total captado quando o número de rodadas tiveram uma queda de 36%. Na visão da Messari, os investidores estão se concentrando mais em investir em projetos em estágio inicial e em iniciativas de infraestrutura, se distanciando de aplicações centradas nos usuários.

Redução no capital de risco

Os dados da Messari também estão em linha com outros levantamentos sobre investimentos no segmento de criptomoedas. Em julho, a plataforma Rootdata informou que, entre junho de 2022 e junho de 2023, o total investido em operações de capital de risco (venture capital) caiu 71,3%, indo de US$ 1,81 bilhão para US$ 520 milhões .

A empresa observou ainda que a queda observada coincidiu com o movimento de alta de juros nos Estados Unidos, que tradicionalmente leva a uma redução de liquidez disponível no mercado para projetos e a uma perda de apetite por risco entre investidores.

Com isso, modalidades como o de capital de risco perdem espaço no mercado para opções de investimento mais seguras. O número de rodadas de aportes por mês também caiu no mesmo período, passando de 149 em junho de 2022 para 84 em junho deste ano. O número é o menor registrado nesse intervalo de tempo. Em número de rodadas, o recorde foi em junho de 2022, mas o maior valor total aportado foi visto em setembro do ano passado, atingindo US$ 1,85 bilhão.

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