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Investimento em criptomoedas cresce entre os "super-ricos"; veja produtos mais populares

Relatório do Citi analisou comportamento de investimento dos chamados family offices, que gerenciam patrimônio de "super-ricos"

Criptomoedas: interesse cresceu entre super-ricos (Reprodução/Reprodução)
João Pedro Malar

Repórter do Future of Money

Publicado em 2 de outubro de 2024 às 15h30.

Os investidores "super-ricos" estão cada vez mais interessados em criptomoedas e já possuem alguns produtos "favoritos" em seus portfólios. É o que indica um novo relatório divulgado pelo Citi focado nos comportamentos e estratégias dos chamados family offices, que administram exatamente o patrimônio desse grupo.

De acordo com o relatório, cerca de25% dos escritórios entrevistados afirmaram que já investiram ou planejam investir em ativos digitais. Na visão do Citi, a categoria de "early adopters" - aqueles que adotaram a tecnologia e passaram a investir antes da maioria - tende a crescer entre os super-ricos nos próximos anos, ampliando o capital alocado.

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Além dos escritórios que já investem ou pretendem investir em ativos digitais, cerca de 10% dos entrevistados também se consideram "curiosos" sobre o tema e estão considerando algum tipo de alocação, mas isso ainda dependerá de pesquisas sobre o tema para adquirir mais conhecimento.

Entre os escritórios com investimento, a maioria aloca menos de 5% do portfólio total. Com relação às formas de investimento, 24% preferem um investimento direto em criptomoedas, seguidos por 18% que preferem veículos de investimento como os ETFs, que ganharam mais destaque no mercado neste ano.

Em terceiro lugar, estão os ativos tokenizados (RWAs), com 7%. Ainda na divisão por tipos de pridutos de investimento, os tokens não-fungíveis ( NFTs, na sigla em inglês) foram citados por 5% dos family offices, enquanto 3% citaram investimentos em stablecoins pareadas com moedas fiduciárias.

Ao mesmo tempo, dois terços dos family offices estão indecisos sobre qual seria a melhor forma de investir no setor, o que segundo o Citi mostra uma "necessidade constante de maior educação sobre essa classe emergente de ativos".

Na divisão regional, a Ásia-Pacífico lidera nos investimentos de super-ricos em criptomoedas, com 37% dos family offices da região reportando investimentos no segmento. Já a América Latina é a região com menor interesse entre os escritórios, com 83% afirmando que não priorizam essa alocação.

Em geral, o relatório do Citi indica que os family offices estão mais "animados" em investir em outas classes de ativos, como ações e fundos. Os ativos digitais atraíram menos interesse, junto com mercados de renda fixa de países emergentes.

"Embora o investimento se concentre na IA generativa de forma mais difundida, ainda não foi adotado na gestão de escritórios familiares. O interesse em ativos digitais continuam aumentando a partir de uma base baixa", comenta o banco.

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