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Investidores estão acumulando bitcoin em 2023 de olho no longo prazo, mostra estudo

Relatório da corretora Mercado Bitcoin mostra sinais de proximidade de novo ciclo de alta para o ativo

Bitcoin valorizou mais de 80% em 2023 (Reprodução/Reprodução)

Bitcoin valorizou mais de 80% em 2023 (Reprodução/Reprodução)

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Repórter do Future of Money

Publicado em 11 de agosto de 2023 às 09h00.

Depois de um 2022 decepcionante, o mercado de criptomoedas tem mostrado uma forte recuperação neste ano. O bitcoin, por exemplo, subiu 84% no último semestre, e o ether avançou 61%. Em um relatório divulgado nesta semana, a corretora Mercado Bitcoin destacou os sinais positivos que o setor tem mostrado.

"O mercado cripto passou por ano de derrocada em 2022, com queda de 64% no bitcoin e de 67% no ether. Naturalmente a expectativa era de que o ano de 2023 fosse de recuperação", destaca o relatório. Porém, além do preço, a exchange identificou outros elementos que corroboram esse quadro.

De acordo com os dados, o ano de 2023 tem sido de acúmulo por parte dos investidores de longo prazo do bitcoin, que costumam evitar vender o ativo e o mantém por longos períodos de tempo, apostando em ganhos maiores no acumulado em alguns anos. Atualmente, esse grupo soma 14,4 milhões de unidades da criptomoeda.

O número equivale a 74% de todos os bitcoins que estão disponíveis no mercado atualmente para os investidores. "O investidor de longo prazo segue o comportamento de comprar na baixa e vender na alta ao longo dos anos", destaca o relatório.

Futuro do mercado cripto

Nesse sentido, a exchange espera que o acúmulo de unidades da criptomoeda termine apenas quando o preço do ativo voltar a "reagir positivamente". Ao mesmo tempo, esse quadro reforça a projeção da corretora de que um novo "bull market", um ciclo de valorização de ativos, está se aproximando.

"Principalmente quando contrastamos os ataques da SEC ao mercado cripto com as inúmeras inovações que vimos acontecer neste primeiro semestre", destaca o relatório. Outro ponto citado é que "o escrutínio regulatório das entidades americanas se opõe aos mais recentes pedidos de ETF de bitcoin, como o da BlackRock".

Um outro dado que reforça essa visão é a chamada dominância do bitcoin, que representa a fatia de mercado do ativo. No primeiro semestre deste ano, ela passou de 40% para uma máxima de 52%. Em geral, a dominância do ativo recua apenas em ciclos de alta.

"Acreditamos que a dominância é um bom indicador de que o atual crescimento do mercado se deve em boa parte pela valorização do bitcoin", avalia o relatório. A exchange aponta que o mercado cripto está "claramente avançando e encontrando obstáculos pelo caminho. Hoje o principal deles é a regulação e por isso seguimos de olho nos passos da SEC", que pode determinar quando, e como, o ciclo de alta ocorrerá.

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